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Campo de futebol da AREPA sem condições coloca em risco a modalidade

Campo de futebol da AREPA sem condições coloca em risco a modalidade

Sintético gasto e acumulação de água devido ao abatimento do piso obrigam a adiar treinos e jogos e causam lesões constantes

Presidente do clube do Porto Alto diz que a prática do futebol está em risco para os 250 atletas da colectividade. Câmara de Benavente sabe do problema e analisa disponibilidade para solução.

A Associação Recreativa do Porto Alto (AREPA), na freguesia de Samora Correia, concelho de Benavente, diz que o futebol de 11, modalidade em que a colectividade aposta há várias décadas, corre o risco de não poder continuar devido à falta de condições do campo onde se realizam os treinos e se disputam as partidas oficiais da equipa.António Lameiras, presidente da AREPA, afirmou a O MIRANTE que o campo do Parque de Jogos Acílio Rocha está num estado “deplorável e funesto” devido ao uso intensivo, aos anos que já tem e, sobretudo, devido ao abatimento do terreno e má drenagem, o que provoca verdadeiros lençóis de água quando chove, como aconteceu recentemente.“Este campo está assim há mais de 10 anos. Abateu porque este espaço, que era da câmara e foi cedido para o campo, era um aterro municipal e não é sólido. Ao longo dos anos foi abatendo e, ao meio, deve haver 10 cm de diferença. Quanto mais chove, pior fica e a drenagem é deficiente. Os treinos nesse dia não se fazem porque é só poças e nos dias dos jogos não há jogo. O ano passado já foram adiadas três partidas e mesmo assim noutros estivemos à espera” afirma o dirigente.Com esta realidade, o presidente da colectividade, que alberga cerca de 250 atletas nos vários escalões do futebol, considera que o futuro da modalidade está em risco caso não se tomem medidas urgentes. “O que queremos é pedir à câmara para nos criar condições para o futebol 11. O relvado já está na idade de ser mudado, há lesões todas as semanas porque o relvado já parece cimento e não tem condições. Proporcionar melhores condições é ter um relvado novo, colocar a cota ao nível correcto. É urgente que isso se faça. Já falámos com a câmara várias vezes”, explicou.No entanto, Lameiras reconhece que as coisas não serão de fácil resolução, dado que o investimento estimado “poderá rondar os 200 mil euros”, mas defende que deve haver auxílio “por forma a que possamos continuar a servir a comunidade desportiva, algo que não podemos afirmar, com grade dor da nossa parte, que continuemos a fazer”.Carlos Coutinho, presidente da Câmara Municipal de Benavente, explicou a O MIRANTE que o problema é conhecido, mas ainda não aponta uma solução. “Temos conhecimento que o campo tem deficiências. Foi feito com protocolo entre a câmara e a AREPA, que foi responsável pela construção, e a camada inferior teve abatimentos e o escoamento das águas foi sempre complicado. Terá de ser retirado aquele relvado e substituído por outro. Relembro que recentemente fizemos esforço para construção de outro campo ao lado. As chuvas prolongadas certamente alagaram o campo. Temos outras solicitações, teremos de ver, na base do diálogo que sempre tivemos e de acordo com o que poderá ser a disponibilidade da câmara, se podemos proceder à substituição do sintético num próximo futuro”, concluiu.Cabos de alta tensão motivam queixasA AREPA quer que a REN (Redes Energéticas Nacionais) retire os cabos de alta tensão que passam por cima do complexo desportivo porque estão, de acordo com o presidente da colectividade, na origem das queixas físicas de vária ordem por parte dos atletas que ali praticam futebol. “Notamos que há queixas de tonturas, cansaço e muitas dores de cabeça por parte dos atletas no final dos treinos. O posto médico até já teve de aumentar as doses dos medicamentos e o médico diz que estes sintomas se devem aos cabos e que não pode ser de outra coisa”, afirma António Lameiras.O dirigente diz que o perigo é real e para o demonstrar até fizeram uma experiência no local. “Elevamos uma lâmpada fluorescente, em cima de um escadote e, a cerca de 10 metros dos cabos, os arrancadores disparam e a lâmpada acende”, afirma.Desta forma, a associação enviou para a REN, para a câmara municipal e mesmo para a Assembleia da República, uma carta onde pedem que seja feito o enterramento dos cabos que ali passam. “O que pedimos à REN é que, dentro do nosso terreno, passem os cabos de aéreos para subterrâneos, porque não faz sentido estarem a prejudicar os nossos atletas, de uma associação de utilidade pública. Quando a REN colocou cá os postes o terreno era da câmara e depois foi cedido à AREPA”, recorda o dirigente.
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