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Aumento de tarifas de água e resíduos em Rio Maior foi mal recebido mas é inevitável

Abaixo-assinado de munícipes protestando contra as mexidas nos preços já conta com quase duas mil assinaturas, mas a autarquia diz que a medida tinha de ser tomada, após quatro anos sem actualização das tarifas.

Quase duas mil pessoas já subscreveram o abaixo-assinado em protesto contra o aumento acentuado do tarifário da água, saneamento básico e resíduos no concelho de Rio Maior. A comissão de utentes promotora da iniciativa pretende com isso sensibilizar o executivo camarário, reclamando um “preço justo” por esses serviços e uma actualização mais suave dos preços, mas dificilmente a situação será revertida. Até porque as directivas da ERSAR - Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos determinam que a exploração desses serviços não pode ser deficitária. E a Câmara de Rio Maior vinha tendo um prejuízo de cerca de um milhão de euros por ano.Na última reunião do executivo, a presidente da câmara, Isaura Morais (PSD), fez as contas e revelou que antes da actualização do tarifário, em Agosto último, existiam 11 mil contadores de água no concelho. A autarquia suportava um custo médio anual por cada contador de 370 euros e arrecadava em média de receita 205 euros. Valores que englobavam os três serviços: água, saneamento básico e resíduos sólidos. Isaura Morais disse até concordar com o espírito do abaixo-assinado quando reclama um preço justo por esses serviços, mas recordou que a legislação obriga a que não se venda um serviço mais barato do que o preço pelo qual a autarquia o compra. E a Câmara de Rio Maior depende de empresas externas no abastecimento de água, no saneamento básico e na deposição de lixo em aterro, a quem paga pela prestação desses serviços.O vice-presidente da autarquia, Carlos Frazão, referiu que o aumento de receitas nesse sector vai permitir investimentos importantes, nomeadamente na rede de água, no sentido de combater as perdas de água através de rupturas. Trabalhos que já estão a decorrer nalguns pontos do concelho. E acrescentou haver alguma tolerância em relação a munícipes com mais dificuldades em pagar a factura. “Temos sido compreensivos e só faremos o corte da água em último caso”, garantiu. A subida de preços em relação ao abastecimento de água foi relativamente acentuada e já não se registava desde 2011. O mesmo se passou com o tarifário de saneamento básico e de resíduos sólidos que não era mexido desde 2009.Os consumidores domésticos passaram a pagar 63 cêntimos por metro cúbico (m3) de água no 1º escalão, até aos cinco metros cúbicos, mais 20 cêntimos por m3 do que antes. Os consumos entre 5 e 15 m3 são agora taxados a 1,12 euros (mais 40 cêntimos por m3 do que agora), enquanto os escalões de 15 a 25 m3 e superiores a 25 m3 passam a custar 1,73 e 3,27 euros por m3, respectivamente. Até agora, as tarifas estavam em 1,87 e 3,05 euros nesses escalões.

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