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Câmara de Rio Maior volta a mexer na estrutura para poupar e agilizar

As áreas de Educação, Acção Social, Cultura, Desporto, Turismo e Juventude estavam agregadas numa só estrutura e são agora distribuídas por outras unidades orgânicas.

A Câmara Municipal de Rio Maior voltou a mexer na sua estrutura, com a extinção da mega Unidade Orgânica de Educação, Acção Social, Cultura, Desporto, Turismo e Juventude, criada em 2013 e para a qual tinha sido contratado, por concurso público, um novo director em Março último - João Socorro, que era técnico superior de Desporto no município de Almada. Com a extinção dessa unidade extingue-se também esse posto de chefia e as áreas de actuação que lhe pertenciam são agora repartidas pelas quatro unidades orgânicas restantes na autarquia.Esta alteração que entra em vigor em 2016, apenas três anos passados sobre a última mexida na estrutura orgânica municipal, é justificada pela presidente da câmara, Isaura Morais (PSD), com a necessidade de “assegurar a adequação dos serviços às necessidades de funcionamento e de optimização dos recursos”. Ou seja, pretende-se poupar dinheiro e agilizar e melhorar a resposta da máquina camarária às solicitações com que se confronta no dia a dia.“Não pode um município impor maiores sacrifícios aos munícipes sem antes procurar a sua eficiência interna, quer do ponto de vista operacional, quer financeiro”, afirma Isaura Morais na proposta que pôs à consideração do executivo. Mas a argumentação não convenceu a oposição. Os dois vereadores do PS e o vereador da CDU votaram contra, passando a proposta apenas com os votos favoráveis da maioria PSD/CDS.O vereador Daniel Pinto (PS) falou de uma “estratégia ziguezagueante” por parte da maioria, recordando que há dois anos já tinha havido extinção de unidades e cargos dirigentes no município, então consequência do memorando assinado entre o Governo e a troika. “Se agora não há essa exigência, qual é a estratégia ao esvaziar esta unidade orgânica?”, questionou. Carlos Nazaré (PS) reforçou dizendo que a proposta apresenta “uma série de lacunas”, considerando que a mesma devia ser mais debatida. “Não avalizo uma proposta que não tenho a garantia que funcione. Isto mexe com as pessoas, nas organizações, que continuam a ser o mais importante”, disse o socialista. Já o vereador da CDU, Augusto Figueiredo, considerou que há unidades orgânicas que, com tantas atribuições, serão “ingovernáveis”, dando o exemplo da Unidade Administrativa de Educação, Cultura e Valorização do Capital Humano. E declarou ir votar contra por haver muitas questões sem resposta.João Candoso (PSD) recordou que o anterior executivo reduziu as unidades orgânicas de 14 para 7 e que essa redução gradual continuou a ser feita, passando para 5 e agora para 4, para aumentar a eficácia e a ligação dos serviços ao executivo. E o vice-presidente Carlos Frazão chegou mesmo a dizer que, por ele, até se poderia ter ido mais longe, com a redução para três do número de unidades orgânicas, afirmando que esta reorganização dos serviços e consequentes mexidas em cargos de chefia “não são uma perseguição a ninguém”.

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