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Benavente sem IMI familiar mas com isenções para 1200 famílias

Assembleia municipal aprovou novas taxas para o próximo ano
As famílias do concelho de Benavente com habitações avaliadas em sede de Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) abaixo dos 66 mil euros vão ficar isentas de qualquer pagamento. É uma medida que vai beneficiar 1200 famílias e que custará aos cofres da câmara comunista entre 160 e 200 mil euros no próximo orçamento.A taxa global de IMI para a generalidade da população também baixou uma décima, dos 0,38 para os 0,37 por cento (%). A descida em uma décima no valor do IMI, para os 0,37%, vai ter um custo para os cofres da câmara na ordem dos 86 mil euros. Esta foi a forma do executivo liderado por Carlos Coutinho compensar os munícipes pela não aplicação do IMI familiar, uma medida governamental que propunha benefícios de 10, 15 ou 20% consoante o número de filhos do agregado. As novas taxas de IMI foram aprovadas em assembleia municipal pela maioria CDU e com os votos contra do PSD e do PS. “É uma medida demagógica que só iria chegar a duas mil famílias e estas teriam uma redução anual de 27 euros. Para quem tem abono de família, isso é muito menos do que aquilo que o Governo retirou. Temos de ajudar as pessoas mas com medidas sérias”, criticou Carlos Coutinho (CDU), presidente do município.O autarca garante que pensou diminuir ainda mais o IMI na generalidade, para os 0,36%, mas que o impacto financeiro dessa medida, somada à isenção concedida às 1200 famílias com imóveis de baixos valores, significaria perdas elevadas e não comportáveis para o orçamento municipal. “Mais de 80% de quem paga IMI no nosso concelho paga até 370 euros por ano”, informou, ao mesmo tempo que prometeu que, se o clima económico continuar a melhorar, para o ano o IMI voltará a descer no concelho. Quem não concordou com a medida foi o PS, que na impossibilidade de ver adoptado o IMI familiar tentou que o executivo CDU aprovasse uma taxa de 0,36%. Uma medida que custaria 120 mil euros. Os socialistas defenderam que aquilo que o município vai gastar em energia eléctrica, cerca de meio milhão de euros, poderia ser melhor gerido e, depois de retirada a verba do IMI, ainda sobraria 400 mil euros. “Há uma intenção diminuta de reduzir os impostos. A nossa proposta do IMI familiar nem foi votada e os 0,36% que propusemos não foram aceites, por isso votamos contra”, lamentou o eleito Pedro Pereira.Assembleia dá luz verde a orçamento de 16 milhõesA Assembleia Municipal de Benavente aprovou também o orçamento da câmara para o próximo ano, no valor de 16 milhões de euros, com os votos contra do PS, a abstenção do PSD e os votos favoráveis da CDU. Os socialistas, pela voz de Pedro Pereira, lamentaram que o orçamento seja mal construído, pouco detalhado, pouco ambicioso e com falta de rigor.Carlos Coutinho respondeu lembrando que se trata de um orçamento construído na base do rigor e do equilíbrio, sem desafogo financeiro mas com muitas cautelas. Sobretudo quando há a expectativa de uma quebra nas receitas na ordem do meio milhão de euros. Concluir a intervenção nas escolas do primeiro ciclo, fazer novos balneários no estádio da Murteira, requalificar os espaços exteriores da urbanização da Ribansor, eliminar as coberturas de fibrocimento de vários espaços sócio-culturais em Foros da Charneca, Foros de Almada e Porto Alto são algumas das prioridades do novo documento.

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