O executivo municipal de Salvaterra de Magos aprovou por unanimidade, na última reunião de câmara, a contracção de dois empréstimos no valor total de 437 mil euros: um para financiar a pavimentação/repavimentação da rede viária municipal (203 mil euros) e outro de 234 mil euros para colocar um relvado sintético no campo do Grupo Desportivo Forense, equipa de Foros de Salvaterra que milita na segunda divisão distrital da Associação de Futebol de Santarém e cujo terreno é propriedade do município. Além disso, o presidente da câmara, Hélder Esménio (PS), assumiu a intenção de também ajudar na colocação de um sintético no campo do Salvaterrense e de o fazer ao mesmo tempo que o do Forense. “Com o dinheiro da pavimentação vamos pavimentar. O que vai acontecer é que já não vamos ao nosso orçamento buscar dinheiro para essa pavimentação porque temos empréstimo bancário para o fazer. Assim ficamos com algum dinheiro do nosso orçamento para aplicar no campo do Salvaterrense”, explicou Hélder Esménio, respondendo a uma dúvida do vereador Manuel Neves (BE) sobre se parte do dinheiro com destino à pavimentação iria ser aplicado no sintético do Salvaterrense.Um sintético é uma necessidade para o Salvaterrense que há alguns anos tem o seu próprio campo ao abandono, servindo-se do Complexo Desportivo de Marinhais. Para o Forense é um desejo antigo. Os registos de O MIRANTE com responsáveis do clube a pedirem um sintético remontam a 2013 e ainda no último mês de Julho o presidente do clube, Carlos Ribeiro, dizia não ser fácil angariar jovens para jogar num pelado e que até a equipa sénior beneficiava com um sintético, podendo mesmo, nessas condições, discutir a subida divisão. Já o presidente da câmara assumiu ter consciência que “quando começarmos a fazer os sintéticos teremos o povo a dizer que é só campos de futebol”.Se os dois empréstimos forem aprovados pelo Tribunal de Contas o presidente diz que a câmara ficará com uma dívida de 3,1 milhões de euros, menos que os 3,7 milhões que encontrou quando tomou posse. “Se nós quando chegámos tínhamos 3,7 milhões de euros de dívida e se no final de 2016, mesmo com estes empréstimos, estimamos dever 3,1, quer dizer que estamos a cumprir o objectivo político de não aumentar a dívida da câmara. Estamos, antes pelo contrário, a reduzi-la”, disse.