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Junta de VFX ameaça com despedimentos se lhe tirarem gestão de parque de estacionamento

Coligação Novo Rumo quer que a câmara dê às restantes juntas do concelho igual privilégio

Parque de estacionamento do município situado entre o centro de saúde e o quartel dos bombeiros foi cedido há quase uma década à junta de freguesia da cidade, que o tem explorado com estacionamento pago.

O presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira, Mário Calado (CDU), diz que se a exploração do parque de estacionamento tarifado “25 de Abril”, situado junto aos bombeiros da cidade, for retirada à junta, terá de despedir funcionários.Essa foi a mensagem deixada pelo autarca na reunião de câmara realizada em A-dos-Loucos, depois de Calado estranhar o “interesse inusitado” dos vereadores da Coligação Novo Rumo face àquele equipamento. “A receita daquele parque é fundamental e se não for essa receita alguns trabalhadores da junta terão de ser despedidos”, disse, ao mesmo tempo que lançou uma suspeita críptica: “Até parece uma operação concertada com alguns jornais”.Nas últimas reuniões de câmara o vereador Rui Rei, da coligação liderada pelo PSD, tem questionado a câmara sobre quem é o proprietário do espaço. O estacionamento é propriedade do município, que o cedeu à junta em protocolo há mais de uma década. Os vários executivos que têm passado pela junta têm explorado ali o estacionamento pago de viaturas. Rui Rei diz não compreender por que motivo o parque de estacionamento não tem horários gratuitos para servir o comércio da cidade e defendeu que a câmara comece a apoiar as restantes juntas do concelho com verbas iguais às que a Junta de Vila Franca obtém da exploração do estacionamento. “É uma questão de equidade no tratamento das juntas. A câmara devia ceder o mesmo dinheiro que Vila Franca recebe daquele parque. Não estamos a privilegiar nenhum emblema, estamos a defender os interesses das pessoas”, notou.O presidente do município, Alberto Mesquita (PS), concordou que o parque deve começar a ter alguns períodos de utilização gratuita, sobretudo nas épocas festivas como o Natal, como forma de apoiar as compras no comércio tradicional. “Pelo menos no Natal seria possível encontrar uma solução de gratuitidade para quem vai ao comércio na cidade, concordo consigo”, defendeu.

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