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Oposição chumba concurso para construção de crematório em Santarém

Oposição chumba concurso para construção de crematório em Santarém

Em causa está, sobretudo, a localização junto ao cemitério dos Capuchos

PS e CDU defendem construção do equipamento noutra zona da cidade, em articulação com um novo cemitério e uma casa mortuária.

Os vereadores do PS e da CDU na Câmara de Santarém uniram-se na tarde de segunda-feira e chumbaram a proposta para lançamento do concurso público internacional para concepção, construção e concessão de exploração de um crematório junto ao cemitério dos Capuchos, em Santarém. Basicamente, a oposição contesta a localização proposta pelo PSD (que tem maioria relativa no executivo), defendendo que o crematório deve ser construído no âmbito de um projecto mais alargado englobando um novo cemitério e uma capela mortuária noutra zona da cidade mais bem servida de acessos.Os vereadores do PS Idália Serrão e Celso Braz ainda sugeriram ao presidente da câmara Ricardo Gonçalves (PSD) que retirasse a proposta para ser debatida e reformulada não só ao nível da localização mas também do tarifário, cujos valores indicativos foram considerados demasiado elevados. O presidente não aceitou e colocou a proposta à votação, manifestando a sua estranheza pela posição do PS pois os vereadores desse partido nunca compareceram em reuniões prévias havidas sobre o assunto e onde esteve o vereador da CDU.O vereador Luís Farinha (PSD) foi o primeiro a fazer a defesa da proposta, referindo a mais valia decorrente do crematório ser construído junto ao actual cemitério, nomeadamente no que toca à poupança em custos associados ao transporte de ossadas para cremação. O autarca mostrou-se convicto que o crematório permitiria prolongar o tempo de vida do actual cemitério, que está à beira da sobrelotação. A empreitada estava orçamentada em 480 mil euros e seria candidatada a fundos comunitários.A oposição manifestou-se contra a localização do crematório junto ao cemitério. Celso Braz disse que a necessidade de um novo cemitério e de uma casa mortuária continua a existir e que por isso faz sentido construir o crematório articulado com esses equipamentos. “Temos espaços na cidade para isso”, disse defendendo que se devia pensar já a longo prazo. “Vamos ter um crematório junto ao cemitério antigo e mais tarde vamos ter um cemitério novo e um crematório longe”, acrescentou Celso Braz pedindo que fosse reequacionada a proposta. Posição semelhante teve a sua camarada Idália Serrão, que acusou o PSD de “pensar pequeno” e de querer confinar o crematório a “um beco sem saída, com dificuldades de estacionamento e de mobilidade”.O vereador Jorge Luís, da CDU, afinou pelo mesmo discurso, afirmando também que a necessidade do crematório não está em causa, mas sim a localização que “não é a mais adequada”, defendendo uma “solução consistente, estável e duradoura”O presidente da câmara manteve a sua proposta, sublinhando que o crematório teria uma abrangência distrital e seria mais um factor de afirmação da capitalidade de Santarém na região. Após o chumbo da proposta, Ricardo Gonçalves lamentou a decisão e garantiu que não irá desistir do projecto. Mas sem reformulação e com a actual correlação de forças no executivo esta proposta dificilmente passará.
Oposição chumba concurso para construção de crematório em Santarém

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