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“Sem produtos frescos e de qualidade não há restaurante que se aguente muito tempo”

“Sem produtos frescos e de qualidade não há restaurante que se aguente muito tempo”

Cristina Pascoal, gerente da “Taberna Zé Cristino” em Urqueira, Ourém

Cristina Pascoal tem 48 anos e é licenciada em Engenharia Agrónoma. Quando ficou desempregada e sem perspectivas de trabalho na sua área profissional, aceitou o convite para gerir o restaurante Taberna Zé Cristino, em Urqueira, no concelho de Ourém. Considera-se uma pessoa muito versátil e que gosta de comunicar. Adora fazer férias na neve. Garante que esquiar lhe dá uma enorme sensação de liberdade e que é um óptimo desporto anti-stress.

Considero-me muito versátil e acho que era capaz de trabalhar em qualquer área. Sou licenciada em engenharia agrónoma mas a empresa onde eu trabalhava fechou e como não havia emprego na área da minha formação, adaptei-me. Fui convidada para gerir o restaurante “Taberna Zé Cristino” e aqui estou. Não podia ficar em casa sem fazer nada. Não vim às escuras porque quando casei cheguei a trabalhar na restauração. A família do meu marido trabalhava no sector e eu ajudei.Sou uma pessoa muito atenta aos pormenores. Gosto de garantir que nada falha. Tanto eu como os funcionários estamos sempre a ver se os clientes precisam de alguma coisa e se estão a gostar. Além disso gosto muito de comunicar e de conviver com as pessoas. Gosto de experimentar a cozinha estrangeira. Temos um cozinheiro no restaurante e por isso não cozinho mas gosto de experimentar aromas novos e juntá-los aos nossos pratos tradicionais. Aqui não fazemos muitas alterações porque apostamos na cozinha e sabores tradicionais portugueses mas podemos, por exemplo, colocar um caril, que as pessoas gostam. Os pratos portugueses que mais gosto de fazer são bacalhau e polvo à lagareiro.A rede social Facebook é uma importante ferramenta de publicidade. Utilizamos muito o Facebook para divulgarmos o nosso restaurante. Colocamos lá todos os dias a nossa ementa. Tem sido muito importante para cativar clientes que fazem vários quilómetros para vir conhecer o nosso espaço. Como estamos numa zona mais interior, mais rural, temos que nos dar a conhecer. O passa palavra dos clientes também tem sido muito importante.Este restaurante era uma antiga taberna e manteve o nome da mesma. O espaço esteve fechado durante muitos anos e agora os netos do proprietário resolveram restaurá-lo e abri-lo novamente ao público. Os bancos e as mesas de madeira são para recordar os tempos antigos. Os objectos, como cafeteiras, móveis, entre outros, são os mesmos que era utilizados na antiga taberna cujo proprietário se chamava Zé Cristino. Sem produtos frescos e de confiança não há restaurante que se aguente muito tempo. Temos muito cuidado em procurar, diariamente, produtos para confeccionar que sejam frescos. Os clientes percebem se a comida é boa ou não e só voltam se não forem enganados. Gosto muito de esquiar por causa da sensação de liberdade que sinto. Nas férias gosto de ir para a neve. Claro que, no Verão, procuro a praia mas não gosto tanto. Normalmente vou para os Alpes Franceses. Suporto mais o frio de lá do que daqui. Quando estou a esquiar esqueço os problemas. É um óptimo desporto anti-stress. É mais relaxante que a praia. Quando vou para a praia evito ir em Agosto para não haver muitas multidões.Não consigo desligar do telemóvel. Só quando estou a esquiar é que desligo totalmente porque não posso estar a atender o telefone (risos). Tenho dois filhos, com 21 e 19 anos, que já estão na universidade. Sou uma mãe tranquila mas tento sempre acompanhá-los mesmo que seja à distância. As saudades matam-se telefonando muitas vezes para saber se está tudo bem.O melhor do mundo é ter saúde. Além da saúde é ter toda a minha família também boa de saúde e estarmos todos juntos. Os bens materiais vêm depois, a família é sempre uma prioridade para mim. Sou muito ligada à natureza e é importante ter um contacto diário com a terra e com plantar por isso não me imagino a viver noutro lugar senão aqui no meio do campo.Ana Isabel Borrego
“Sem produtos frescos e de qualidade não há restaurante que se aguente muito tempo”

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