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Paços do concelho de Torres Novas não vão para o Convento do Carmo

Paços do concelho de Torres Novas não vão para o Convento do Carmo

Confirmação dada pelo presidente da câmara irrita oposição que fala em “burla”

Após a requalificação, o edifício vai ser utilizado para fins culturais e sociais e para uma loja do cidadão que venha a ser aprovada. A candidatura a fundos comunitários que permitiu as obras foi feita na área da cultura.

O Convento do Carmo em Torres Novas, que o anterior presidente da câmara, António Rodrigues (PS), sempre afirmou ser destinado a alojar todos os serviços municipais vai afinal ser utilizado para actividades culturais, sociais e lúdicas e pode vir a acolher também uma “Loja do Cidadão” num espaço construído para o efeito. A informação foi confirmada na assembleia municipal de 21 de Dezembro pelo actual presidente da câmara, Pedro Ferreira (PS) e provocou protestos da oposição. As obras de remodelação do edifício, cuja última utilização foi para alojar o hospital da cidade, estão a chegar ao fim após um conturbado processo iniciado muitos anos antes da celebração da escritura de compra e venda do convento, entre o município e a Santa Casa da Misericórdia, em 27 de Junho de 2009. Publicamente foi sempre assumido pelos responsáveis municipais que as instalações estavam destinadas a alojar os serviços da câmara municipal que actualmente funcionam na Rua General António César de Vasconcelos Correia, junto ao castelo, apesar da candidatura a fundos comunitários ter sido feita no âmbito da cultura, o que, implicitamente, determinava o seu futuro uso.Em Novembro de 2010, o anterior presidente da câmara, António Rodrigues, falando numa sessão da assembleia municipal sobre as candidaturas aprovadas no âmbito do QREN afirmou que, dos 58 milhões que iriam apoiar diversas obras em Torres Novas, seis milhões eram destinados à cultura, estando ali incluída a verba destinada à requalificação do Convento do Carmo. No relatório da Secretaria de Estado da Cultura de Julho de 2011, intitulado “A Cultura e o QREN” a obra surge no conjunto de candidaturas aprovadas na zona centro, a par de outras como, por exemplo, a recuperação do Mosteiro do Lorvão.Na assembleia municipal de 21 de Dezembro, António Gomes, deputado do Bloco de Esquerda, após ter ouvido as explicações do presidente da câmara sobre os serviços a instalar no Convento do Carmo, afirmou que se estava perante “a mentira do século”. Três dias antes já a vereadora daquele partido, Helena Pinto, tinha denunciado a situação publicamente, no decorrer de uma conferência de imprensa, onde explicou ter constatado, através do PEDU (Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano), que o antigo Convento do Carmo não iria servir para os Paços do Concelho, mas para albergar “actividades culturais, sociais e lúdicas. O facto do actual presidente da câmara, Pedro Ferreira, ter sido, nos mandatos anteriores, vice-presidente e de, já no actual mandato, nunca ter feito qualquer reparo quando os vereadores da oposição se referiam ao Convento do Carmo como futuros Paços do Concelho, contribuem para a indignação dos eleitos da oposição. Arnaldo Santos, do PSD, referiu-se à falta de esclarecimentos ao longo de todo o processo, como “uma burla”. Pedro Ferreira, após referir que, pelo menos durante os próximos cinco anos, o edifício não pode ser usado como sede da câmara, a fim de respeitar o proposto na candidatura a fundos comunitários, lamentou que todos criticassem o destino a dar ao edifício e que ninguém sublinhasse a importância para a cidade da recuperação do mesmo.
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