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Música em movimento no palco do Virgínia

Música em movimento no palco do Virgínia

Elementos da Filarmónica Meiaviense andam a ensaiar coreografia para um espectáculo diferente e desafiador

Músicos vão ter de articular as notas dos seus instrumentos com os passos em palco. Os resultados poderão ser observados no próximo sábado, 16 de Janeiro, no Teatro Virgínia, em Torres Novas.

Chama-se Dança para Músicos e é um projecto da associação Materiais Diversos que pretende pôr os músicos da Sociedade Filarmónica Euterpe Meiaviense a dançar enquanto tocam, dando mais animação ao espectáculo enquanto tocam o seu repertório. O desafio tem como orientadora a coreógrafa Vera Mantero e envolve também o compositor musical António Pedro. O resultado deste projecto, que tem vindo a ser trabalhado nos bastidores, poderá ser visto num espectáculo que irá estrear no dia 16 de Janeiro no Teatro Virgínia, em Torres Novas. Para os músicos da banda da Meia Via (Torres Novas) participar no Dança para Músicos está a ser uma experiência diferente e um desafio. No ensaio a que assistimos nas instalações da Euterpe Meiaviense há músicos que tocam sentados ou deitados no chão, outros estão espojados em cadeiras, outros tocam enquanto andam em fila indiana. “É desafiante, aprendemos a envolver e ligar o movimento do corpo com o instrumento”, diz Rita António que toca na banda há quase 20 anos. O maestro da banda, Claudino Dias, que também acompanha e integra o projecto na sua componente musical, diz que o Dança para Músicos tem sido positivo para o grupo. “Está a fomentar um espírito de grupo muito bom, saímos totalmente da nossa zona de conforto mas tem sido muito bom”. Acrescenta que os músicos também se divertem e que estas novas experiências são importantes e lhes vão trazer benefícios no futuro. Este projecto, além da envolvência que pretende criar com a comunidade, tem como objectivo envolver de forma regular profissionais e amadores em processo de co-criação, onde os músicos são os intérpretes exclusivos de um trabalho coreográfico e musical. A coreografia é dirigida pela conceituada bailarina e coreógrafa Vera Mantero e envolve também o compositor musical António Pedro. Segundo o compositor musical do projecto, trabalhar com a banda da Meia Via tem sido uma óptima experiência: “Eles são muito dados e generosos nas propostas, nós estamos a fazer alterações à rotina deles e eles têm aderido bastante bem”. Este trabalho é um desafio para os músicos pois as músicas colam-se umas às outras, sem paragens, e há ainda o movimento em simultâneo. “Eles têm de decorar e fazer todas estas transições”, diz António Pedro. A única dificuldade na realização deste projecto prende-se com a questão do tempo para os ensaios, pois todos os elementos da banda têm os seus trabalhos e as suas vidas e às vezes é difícil conjugar agendas. Apesar de já ter trabalhado em projectos com grupos de folclore, esta é uma experiência nova para o compositor, dizendo que tem sido fantástico. António Pedro convida o público a assistir ao espectáculo, pois não é um concerto normal de uma filarmónica. A presidente da Sociedade Filarmónica Euterpe Meiaviense, Teresina Paz, diz que a direcção encarou este convite diferente com muito interesse pois considera que o mesmo poderá ser uma alavanca para dinamizar e projectar ainda mais o trabalho da banda e realizar mais espectáculos. Considera que esta experiência tem sido muito boa para o grupo, pois vem fomentar ainda mais o espírito de união e partilha: “Eles já eram muito cúmplices mas isto vai permitir que haja uma cumplicidade ainda maior, e também connosco pois permite haver uma maior interacção”.
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