A reconversão da garagem da antiga companhia de transportes Claras, em Torres Novas, já se encontra praticamente concluída e irá passar a chamar-se Praça dos Claras, um espaço multiusos coberto vocacionado para o lazer e a cultura. A decisão de atribuir esse nome foi tomada na última reunião camarária descentralizada realizada na Lamarosa, freguesia de Olaia e Paço. O presidente da autarquia, Pedro Ferreira (PS), recordou a história e a importância que a família que fundou essa empresa de transportes teve para a cidade e por isso o seu nome deveria continuar a ficar ligado àquele espaço. O edifício frontal da praça, que outrora acolheu a sede dos ARPE (Associação de Reformados e Pensionistas) vai albergar um café e um quiosque.A reconversão da garagem numa praça pública coberta visou criar uma nova dinâmica no centro histórico, mas a forma como foi feita não foi consensual junto da população nem entre os eleitos do executivo camarário. A vereadora Helena Pinto, do BE, absteve-se na votação desse ponto. Embora não tenha nada contra o nome atribuído, manifestou-se contra a forma como a obra foi realizada, considerando que a mesma é um “atentado urbanístico à história de Torres Novas”.Filipa Rodrigues, da CDU, votou favoravelmente, mas também ela se mostrou contra aquela cobertura. No entanto disse que “a família dos Claras merece esta homenagem”. Já Henriques Reis, do PSD, chamou-lhe “a casa branca” tecendo também criticas à obra, mas votou a favor do nome em concordância com a homenagem merecida aos Claras.O primeiro evento a realizar na nova praça pública de Torres Novas foi uma missa campal na tarde de domingo 10 de Janeiro, que coincidiu com a passagem da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima pelo concelho.