O Grémio Dramático Povoense vai ter ao seu dispor, até ao Verão, um novo parque de estacionamento automóvel na Travessa Carvalho Araújo, junto ao espaço cultural Fernando Augusto. É, segundo o presidente do município de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), o colmatar de uma carência grande sentida na zona. Actualmente, o estacionamento na zona antiga da Póvoa é muito limitado e sempre que há um evento no espaço cultural é muito difícil encontrar espaço para estacionar. Para acabar com esse problema a câmara adquiriu no final do ano, por 100 mil euros, um conjunto de prédios urbanos à Sociedade JC Bessa e Jaime Manuel Bessa, mesmo em frente ao espaço cultural Fernando Augusto. Os imóveis vão ser demolidos e darão lugar, numa primeira fase, a um parque de estacionamento provisório. “Expropriar sairia mais caro. Ainda vamos analisar, se o custo for mais baixo avançamos logo para o parque final, senão ficará em provisório. Para já a prioridade é resolver os problemas de estacionamento e responder a esta ambição grande que tinham os dirigentes do Grémio”, explicou o autarca, na reunião onde a proposta foi aprovada por unanimidade.Rui Rei, vereador da Coligação Novo Rumo, elogiou a decisão mas recomendou que o município adquirisse a totalidade dos terrenos até à rua da República, junto à Columbófila. “A zona antiga da Póvoa não tem capacidade para se regenerar sem mais estacionamento e áreas de lazer”, notou. Alberto Mesquita admite que existe “a intenção de ir mais longe” e negociar outras parcelas, mas a preços “justos” e garantiu que o município não entrará na “especulação imobiliária”. O espaço cultural Fernando Augusto, cuja gestão ficou a cargo do Grémio, resulta da transformação do antigo mercado municipal da cidade e teve um investimento de 762 mil euros e está integrado no projecto “Póvoa Central _ Uma Eco-Comunidade”. Para além deste espaço cultural, o projecto incluiu também várias intervenções na Póvoa de Santa Iria, como a construção da nova sede do Clube Académico de Desportos, a criação de espaços de cultivo (as chamadas hortas urbanas), a eliminação de barreiras arquitectónicas, implementação de sistemas de iluminação eficientes e a requalificação do Mercado do Levante, num total de 4,3 milhões de euros, com 65 por cento de comparticipação de fundos comunitários, o que corresponde a um investimento da câmara de quase 2,8 milhões de euros.