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Chave para o sucesso é fazer aquilo de que se gosta

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Mário Medeiros é cabeleireiro e agente de seguros na Póvoa de Santa Iria

Tem um dos salões de cabeleireiro mais conceituados da cidade e confessa que a chave do sucesso reside na capacidade de inovar, estar actualizado e empenhado. Entretanto lançou-se também no ramo dos seguros. É um empresário dinâmico e sem medo de arriscar.

O segredo para o sucesso de um negócio é o empenho, dedicação e o gosto com que a pessoa se dedica todos os dias. A opinião é de Mário Medeiros, 37 anos, cabeleireiro e agente de seguros da Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira. “O fundamental do trabalho é gostar do que fazemos e pensar mais além. Um bom empresário tem de se empenhar a sério nas tarefas que realiza e tem de ser ambicioso. Se não tiver ambição o projecto perde fôlego”, explica, garantindo que a qualidade e a satisfação dos clientes deve estar acima do lucro. Mário confessa que não é fácil ser empresário hoje em dia e aponta a culpa à elevada fiscalidade e por vezes à concorrência desleal. Não hesita em dizer que no seu salão poderia dar emprego a duas pessoas, se a carga fiscal sobre o trabalho não fosse tão elevada. “A fiscalidade e a concorrência estrangulam os negócios. O empresário em Portugal vê muito o lucro imediato e no que respeita à concorrência ela é saudável, e eu dou-me bem com todos os meus colegas, mas muitas vezes os empresários abrem com a ideia do lucro imediato e a ideia é aniquilar a concorrência. Isso é errado, baixa os preços e nem sempre o preço mais baixo é sinal de qualidade. Há alguma falta de visão, de ambição, acomodam-se muito à realidade e não evoluem”, refere a O MIRANTE.O empresário considera que a crise ainda não passou e que todos teremos de aprender a viver com ela. “Vai demorar muito tempo até voltarmos aos níveis de vida de há dez anos atrás”, lamenta. Nasceu em Vialonga mas foi para a Póvoa com 10 anos, onde confessa ter tido uma infância muito boa. “Tive a sorte de conhecer a Póvoa antiga na sua essência, vim viver para o fim da Quinta da Piedade, onde está o centro comercial Serra Nova. Naquele tempo não havia nada daí para a frente, até jogávamos à bola na rua”, conta. Quando era pequeno gostava muito do ramo da banca e sonhava ser banqueiro. “Curiosamente hoje fiquei agarrado a uma área desse género, que é a dos seguros”, conta. Na escola estava colocado em electrotecnia mas acabou por abraçar a profissão do pai, que começou a aprender quando ainda tinha 17 anos. “O meu salão chama-se terceira geração (3G) porque já somos a terceira geração de cabeleireiros, primeiro o meu avô, depois o meu pai e agora eu. Espero um dia vir a ter a quarta”, conta com um sorriso. A dada altura chegou a estar ligado ao ramo da moda e surgiu um convite para ir trabalhar para Londres mas declinou-o porque já estava casado e com filhos. “Não me arrependo de nada do que fiz até hoje”, conta, garantindo que é um homem feliz com as profissões que abraçou.De há três anos a esta parte que dinamiza também uma agência de seguros, depois de ter feito um curso de mediação em 2002. “O maior desafio da profissão de cabeleireiro é não parar no tempo, temos de seguir as tendências, estarmos actuais. Hoje o homem é totalmente diferente do que era há 15 anos, cuida mais da imagem. No ramo dos seguros a situação é diferente, é um mercado mais feroz e a concorrência nem sempre é a mais leal. É um ramo que passa muito pela credibilidade do mediador. Tem de haver uma confiança mútua. Gosto muito das duas áreas”, conclui.Mário sonha ainda vir a lançar-se num negócio ligado à restauração. Nos tempos livres gosta de se dedicar à Confraria do Barbeiro. “Temos de estar organizados, sou um empresário ambicioso e dinâmico mas a organização é fundamental. Gosto de arriscar com um risco calculado. Às vezes um passo em falso pode deitar tudo a perder. Hoje em dia as pessoas escolhem as suas profissões com base nas modas e isso não é muito bom. Deviam analisar em que área é que são bons e têm jeito e apostarem nessas áreas. As pessoas devem arriscar se tiverem espírito de liderança”, defende.
Chave para o sucesso é fazer aquilo de que se gosta

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