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Aulas fora da escola para alunos de programa de inserção geram controvérsia

O Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF) do Agrupamento de Escolas n.º 2 de Abrantes vai levar este ano os alunos para fora do ambiente escolar, uma medida que a vereadora da Educação considera “discriminatória”. Em causa estão duas turmas e cerca de 20 alunos, divididos por uma turma de Vocacional e uma outra de PIEF, num programa de inserção e integração social do Ministério da Educação, e o facto de a direcção do agrupamento ter decidido que neste ano lectivo a turma PIEF devia funcionar num estabelecimento exterior à escola.Em declarações à agência Lusa, a vereadora da Educação e Acção Social, Celeste Simão, disse ter votado “contra a medida” por entender que “os alunos PIEF são alunos PIEF porque algo no seu percurso já falhou, esta é a última linha para eles, pode ser uma última oportunidade e necessitam de ser incluídos”. “Retirando-os do seu meio escolar, estamos a falar de discriminação”, defendeu.Os alunos PIEF vão ter aulas a partir desta semana numa zona residencial da Encosta da Barata, em instalações cedidas pela União de Freguesias de Abrantes, e vão almoçar no refeitório de um lar do Centro Social Interparoquial, longe da escola sede.“Durante o meu percurso profissional leccionei turmas PIEF, fui coordenadora de vários PIEF em vários concelhos. Houve casos de sucesso e casos de insucesso, tal como no ensino regular. Mas sou completamente a favor da inclusão destes alunos no espaço escolar com os seus colegas e beneficiando das actividades que a escola promove”, vincou Celeste Simão.Contactado pela Lusa, o director do agrupamento, Alcino Hermínio, disse que “a medida foi debatida e aprovada em sede de Conselho Geral e não foi imposta”, visando “o melhor para todos os alunos” integrados em PIEF, cuja idade máxima é 18 anos. O responsável referiu que o programa PIEF tem sempre funcionado dentro da escola “mas não é inédito, a nível nacional, funcionar fora da escola”.Estes alunos, sublinhou, “estão numa medida que é de último recurso, pelo seu passado complicado, e que os impede de estar em turmas regulares”. Alcino Hermínio afirmou ainda que este é um projecto novo, que inclui um protocolo com a escola de bombeiros de Abrantes, e uma aposta na qual o agrupamento deposita expectativas muito positivas.Sobre as acusações de “discriminação” da vereadora da Educação, o responsável declarou “respeitar mas não comentar”, reiterando que “estas medidas são a bem de todos os alunos”.

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