Direcção Regional de Agricultura quer concentrar serviços no antigo quartel da Cavalaria
Tem havido contactos com a Câmara de Santarém, mas a directora regional diz que a autarquia não se tem revelado muito entusiasmada com essa hipótese. Presidente do município não fecha a porta a essa possibilidade, dizendo que a mesma se encontra “em fase exploratória”.
A directora regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo lamenta que a Câmara de Santarém não tenha mostrado grande abertura à possibilidade de concentração dos serviços desse organismo no antigo quartel da Escola Prática de Cavalaria (EPC). Elizete Jardim refere que a instalação dos vários serviços da direcção regional no centro da cidade seria mais cómoda para utentes e funcionários e representaria um factor de dinamização do centro histórico de Santarém.Em entrevista a O MIRANTE publicada nesta edição, Elizete Jardim explica que solicitou uma reunião com o presidente do município, Ricardo Gonçalves (PSD), para propor essa solução. “Fui recebida por um vereador e foi-me dito que me dariam uma resposta posteriormente. A resposta foi de que queriam criar qualquer coisa na Escola Prática de Cavalaria que dinamizasse o espaço”, conta. “Somos mais de 100 funcionários e temos muitas reuniões dos serviços centrais da agricultura. Não me digam que isto não é dinamizar o centro histórico da cidade”, acrescenta.Na última reunião do executivo camarário, Ricardo Gonçalves foi questionado pelo vereador Ricardo Segurado (PS) sobre uma eventual instalação de serviços da Direcção Regional de Agricultura e Pescas (DRAP) na antiga EPC, não tendo aberto muito o jogo sobre o assunto, mas não descartando essa possibilidade. Disse que essa hipótese encontra-se “em fase exploratória”, mas tem que ser articulada com outras possibilidades sobre a mesa, nomeadamente com a da instalação no mesmo complexo de mais tribunais e com o projecto em desenvolvimento na Quinta da Fonte Boa, no Vale de Santarém, que também tem sido local falado para concentrar os serviços da DRAP.A directora regional de Agricultura explica que seria a DRAP a suportar as obras de recuperação e adaptação do espaço na antiga EPC, salientando que não existem dúvidas de que esta seria uma boa solução para a reorganização dos serviços e também para a dinamização da cidade. “Na escola prática existe espaço suficiente e em vez de investirmos noutro local faríamos o investimento na EPC”, sublinha Elizete Jardim.Actualmente a direcção regional tem serviços na Rua Vasco da Gama, na cidade, na Estação Zootécnica Nacional no Vale de Santarém, e na Quinta das Oliveiras (entre Santarém e Vale de Santarém). “Temos pelo menos metade dos agricultores numa faixa etária envelhecida e há muitos que vêm à Quinta das Oliveiras de táxi. Alguns não conseguem ser atendidos no período da manhã e ficam por aqui à espera. Se o serviço estivesse no centro da cidade não existiriam tantos incómodos”, justifica.Santarém quer Tribunal Administrativo na cidadeNa última reunião do executivo, realizada em 26 de Janeiro, o presidente Ricardo Gonçalves disse que tem vindo a trabalhar com o Ministério da Justiça no sentido de trazer para Santarém parte do volume processual do Tribunal Administrativo de Leiria, tendo já disponibilizado espaço na antiga EPC para ali ser criada uma espécie de secção desse tribunal com os casos relativos ao distrito de Santarém. Essa seria uma forma de mitigar os prejuízos para a cidade decorrentes da extinção do antigo Tribunal Tributário, tendo o distrito ficado na dependência do novo Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria, criado em 2003.
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