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Clube de Atletismo da Fundação CEBI é uma máquina de produzir campeões

Clube de Atletismo da Fundação CEBI é uma máquina de produzir campeões

Acácio Paixão é o treinador de três dezenas de jovens que estão a dar cartas na modalidade

Esforço, dedicação e assiduidade aos treinos são o segredo do sucesso de uma equipa com oito anos que não tem parado de crescer e de somar bons resultados. Treinador acredita que em quatro anos vai ter 15 jovens atletas de relevo nacional. O MIRANTE foi ao treino conhecer uma equipa que, à margem das notícias, vai fazendo a diferença.

O Clube de Atletismo da Fundação CEBI em Alverca é uma máquina de produzir jovens talentos e o seu treinador está convencido que alguns deles vão dar que falar dentro de quatro a cinco anos. A certeza, alicerçada num conjunto de grandes resultados que o clube tem vindo a obter longe dos holofotes do público, fazem com que o treinador, Acácio Paixão, também ele ex-atleta do Sporting e do Benfica, não tenha dúvidas de que vêm aí promessas do atletismo nacional.“Pelo que vejo nos treinos e nas provas, daqui a quatro ou cinco anos vamos ter um lote de 15 a 20 atletas de topo a nível nacional, se continuarem a treinar connosco. Acredito que vêm aí muito boas notícias”, diz com um sorriso a O MIRANTE. Mas avisa: sem esforço, dedicação e assiduidade nos treinos e nas provas todos os sonhos podem ruir como um baralho de cartas. “Acima de tudo quero que os miúdos evoluam, cresçam como atletas e como homens. Queremos dar-lhes as ferramentas para irem mais longe”, diz o treinador, que já teve de largar jovens promessas para os ver entrar em clubes maiores.Acácio Paixão, 44 anos, é professor de Educação Física no CEBI. É natural de Reguengos de Monsaraz mas veio para Alverca com dois anos, quando os pais vieram trabalhar para o concelho de Vila Franca de Xira. Há oito anos criou um clube de atletismo na fundação com meia dúzia de jovens. Hoje treina mais de 30 e é também coordenador da natação do CEBI, onde estão outros 200 jovens. No atletismo diz que é técnico, psicólogo, motorista, treinador, pai, dirigente e seccionista do clube.Recentemente viu os iniciados serem vice-campeões nacionais de corta-mato escolar e os juvenis foram bi-campeões nacionais absolutos a nível nacional e vão à Hungria em Abril representar Portugal. “No atletismo não se conseguem resultados treinando um dia e descansando o resto da semana. Do sétimo ao nono ano treinamos quatro vezes por semana, a partir daí cinco vezes por semana e os seniores treinam seis dias por semana. Esse é o segredo do nosso sucesso, estarmos confiantes no trabalho que desenvolvemos. Sabemos que demos tudo o que temos”, revela.Para o treinador, os alunos ao perceberem que precisam de se empenhar para obterem resultados, conseguem também realizar esse paralelismo com as aulas e perceberem que quanto mais se aplicarem mais conseguem alcançar. “O resultado é imediato, seja para o estudo ou para uma vida futura de trabalho. Incutimos responsabilidade e a capacidade de raciocínio também aumenta. Temos miúdos que em termos perceptivos são fenomenais. São extremamente inteligentes”, refere.Acácio Paixão garante que os pais actualmente estão mais conscientes da importância do desporto para a vida dos filhos e que nunca houve tanta gente a praticar atletismo como hoje em dia. “O papel do CEBI na promoção do desporto na cidade é importantíssimo. Esta instituição é uma brutalidade na produção de talentos e no apoio à comunidade. É incrível, é enorme, um exemplo que devemos valorizar, incluindo as pessoas que vestem a camisola e dão tudo por isto, incluindo aos fins de semana”, conta.O técnico explica que não fica com o coração apertado enquanto vê os seus jovens competir. Dá a palestra antes da prova e depois cabe a cada um dar o seu melhor como nos treinos. “Acho que me vêem como um técnico exigente, mas também justo. Quando tenho de me chatear com eles faço-o, mas também brinco se for o caso. Todos acreditamos no projecto”, conclui.
Clube de Atletismo da Fundação CEBI é uma máquina de produzir campeões

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