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Mação é um bom exemplo do trabalho desenvolvido no âmbito florestal

Mação é um bom exemplo do trabalho desenvolvido no âmbito florestal

Primeiro-ministro e mais quatro ministros visitaram o concelho para assinalar o Dia Internacional da Floresta

António Costa defende que a reflorestação deve ser ordenada e não apenas confiada à natureza, para que esse recurso seja mais sustentável e factor de criação de riqueza. Cerimónia teve de ser abreviada devido à chuva intensa.

O primeiro-ministro António Costa sublinhou na segunda-feira em Mação a importância do ordenamento florestal para minimizar riscos de incêndio, considerando que é necessário apostar numa floresta “mais robusta” e “mais resiliente ao fogo”. O governante participou numa sessão comemorativa do Dia Internacional da Floresta, onde referiu que o concelho de Mação é um bom exemplo do trabalho desenvolvido no âmbito florestal.Também em Mação, estiveram os ministros da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa e da Educação, Tiago Brandão Rodrigues. Dos três ministros que iriam intervir durante a sessão, apenas o ministro da Agricultura discursou, face à forte chuva que se fez sentir.O presidente da Câmara de Mação, Vasco Estrela (PSD), agradeceu ao Governo por ter escolhido o seu concelho para comemorar esse dia pois considera ser um reconhecimento do esforço que tem sido feito. “Para que a floresta do nosso país e em Mação seja mais sustentável e um factor de criação de riqueza”, referiu o autarca.António Costa afirmou que se a reflorestação “for meramente confiada à natureza e não for objecto do devido ordenamento florestal”, vão-se voltar a observar tragédias iguais “à de 2003”, em que foram consumidos 22.000 hectares pelas chamas, no concelho de Mação.“Hoje, temos um sistema de prevenção mais robusto. Hoje, temos um sistema de combate mais robusto. Mas aquilo que temos de ter, sobretudo, é uma floresta mais robusta, mais resiliente ao fogo e por isso mais susceptível de criar riqueza”, defendeu o primeiro-ministro, que falava na Zona de Demonstração de Boas Práticas Florestais da Caldeirinha.Portugal é um país “onde 90% da floresta é privada” e caracterizada por uma estrutura “de micro-minifúndio”, referiu, apontando para um “pequeno perímetro florestal” em Mação onde há “mais de 1.500 propriedades e mais de 500 proprietários”. Face às características da floresta portuguesa, o primeiro-ministro disse ser necessário dotar as autarquias “dos instrumentos legais e eficazes para poderem intervir”, apoiando os proprietários produtivos e fazendo-se substituir “aos não produtivos”.Para António Costa, ter uma floresta mais ordenada significa ter menos árvores, mas significa também ter “árvores com menor risco de serem destruídas pelo incêndio e, portanto, susceptíveis de gerarem riqueza para os seus proprietários e para a economia nacional”.Antes de discursar o primeiro-ministro visitou o Alto da Caldeirinha, uma área intervencionada em povoamentos de regeneração natural de pinheiro bravo, em que é aplicada uma lógica de agregação de todas as pequenas parcelas de terreno.”O trabalho que aqui tem vindo a ser feito por este município é exemplar e serve de exemplo de boas práticas para todos os outros municípios”, realçou.
Mação é um bom exemplo do trabalho desenvolvido no âmbito florestal

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