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Um elogio aos carteiros

Nos mais de 30 anos que levo de empresário à força só trabalhei com quatro bancos e jamais consegui crédito que não fosse com o aval do património que entretanto fui adquirindo e que me está emprestado até à hora da minha morte. Recentemente mudei de banco. Actualmente todas as contas caucionadas da empresa e aberturas de crédito estão apenas garantidas por duas assinaturas. O gerente do banco é o meu gestor de conta; ainda ontem passou pela empresa para deixar uns papéis. Não fui eu quem evoluiu como empresário; continuo a sê-lo à força; foi o sistema que melhorou. Saí do meio dos banqueiros e dos bancários ricos, ou supostamente ricos, e fui à procura de melhores ofertas. E encontrei. Escrevo em cima de um jornal diário que publica uma entrevista com o administrador dos CTT e o director do novo banco propriedade dos Correios. Dizem eles que estão a contar com os carteiros para fazerem clientes e conquistar mercado muito rapidamente. “Os carteiros são bem vistos pelos portugueses”, afirmam, como se nós não soubéssemos! Certamente, mais tarde ou mais cedo, vou ser cliente deste novo banco porque também eu tenho uma boa relação com os carteiros e respeito pelo seu trabalho. Se o banco dos CTT lhes der uma comissão na angariação de clientes, ao mesmo tempo que lhes dá as cartas para distribuir, é certo que podem contar com a minha adesão.Uma boa parte dos gajos e gajas que me escrevem para tentarem publicar um livro, para enviarem um currículo ou pedirem um qualquer jeitinho, começam a mensagem com um Boa Tarde e despedem-se com Cumprimentos. O meu problema não são estes gajos e gajas e a sua inabilidade para escreverem uma missiva e gerarem afectividade; o meu problema são aqueles que, ao engano, ainda vamos aceitando para trabalharem na nossa equipa. JAE

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