Descobriu a Medicina Tradicional Chinesa quando a filha teve doença grave
Fernanda Barra é coordenadora da clínica Pedro Choy em Santarém desde Outubro do ano passado
Fernanda Barra é médica nas clínicas Pedro Choy há cerca de 15 anos e desde Outubro do ano passado que é coordenadora da clínica de Santarém. Foi o problema grave de saúde da sua filha, na altura com 15 meses, que a levou a descobrir a medicina tradicional chinesa, a licenciar-se nessa área e a fazer dessa a sua profissão. Antes disso foi delegada de informação médica. Adora viajar e nos tempos livres lê, faz tricot e brinca com o neto de três anos, a sua paixão.
Fernanda Barra tem 52 anos e é licenciada em Medicina Tradicional Chinesa há cerca de 15 anos. Deve a sua profissão à filha que, aos 15 meses, teve um grave problema de saúde e teve que ser internada no hospital durante alguns meses. A menina acabou por ter alta hospitalar mas tinha infecções recorrentes e a mãe optou por procurar uma alternativa para o problema da filha uma vez que, afirma, a medicina convencional não lhe dava uma solução. Há 20 anos não existia a evolução tecnológica que existe hoje em dia e foi através das páginas amarelas que descobriu uma clínica de tratamentos de medicina chinesa.“Através da medicina chinesa vi melhorias no estado de saúde da minha filha mas como o acompanhamento não era muito próximo e umas vezes ela estava melhor e outras nem por isso decidi descobrir por mim própria como funcionava a medicina chinesa. Foi quando me inscrevi no curso de Medicina Tradicional Chinesa, em Lisboa, que era leccionado pelo Dr. Pedro Choy”, recorda. Fernanda Barra conta que um dia, no final de uma aula, ganhou coragem e abordou Pedro Choy para lhe explicar o problema de saúde da sua filha. “Ele deu-me a sua opinião e a partir daí decidi levá-la para ser tratada nas suas clínicas e a verdade é que a minha filha melhorou bastante e hoje, com 25 anos, tem uma vida normal”, explica a O MIRANTE.Depois de concluir o terceiro ano do curso (que termina no quinto ano) começou a trabalhar nas Clínicas Pedro Choy. Actualmente é a coordenadora da Clínica de Santarém. Os seus dias de trabalho são divididos entre Santarém, onde está todas as quartas e sextas-feiras, e Lisboa, onde também dá consultas. A médica conta que as doenças mais comuns que aparecem para ser tratadas são músculo-esqueléticas e também ansiedade. “As pessoas ainda associam a medicina chinesa à dor e por isso quando têm uma dor específica recorrem mais facilmente à medicina chinesa. Temos muitos pacientes que nos pedem para colocar a agulha no local exacto da dor porque desconhecem, por exemplo, que posso colocar agulhas nos pés para tratar uma dor de cabeça. O corpo é um todo que está interligado”, refere.Outra das áreas onde têm tido sucesso é no emagrecimento. Fernanda Barra explica que neste também controlam a ansiedade porque não havendo ansiedade não existe tanta vontade de comer. “As clínicas Pedro Choy têm tido excelentes resultados na área do emagrecimento e a maioria dos pacientes não volta a engordar depois de fazer o nosso tratamento”, garante. A médica acredita que a medicina chinesa é uma área de futuro, embora admita que o facto de ser uma medicina que ainda não é totalmente reconhecida - apesar de fazer parte das chamadas medicinas alternativas - possa prejudicar a sua evolução em Portugal.Antes de enveredar por esta área Fernanda Barra trabalhou vários anos como delegada de informação médica, no ramo da radiologia. Antes disso, a paixão por viajar levou-a a frequentar o curso de Línguas e Turismo mas algumas contrariedades não a deixar concluir o mesmo. “A vida encaminhou-me para a informação médica e acabei por viajar muito, o que era muito bom e permitiu-me descobrir o mundo que também era o meu objectivo quando entrei no curso de Turismo”, diz. No entanto, já em criança sonhava com uma profissão ligada à saúde. “Acho que o meu objectivo era a Psicologia mas crescemos e mudamos de ideias”, sublinha.O estágio do curso de medicina foi feito na China, país que diz adorar sobretudo a sua cultura. “Se pudesse mudava-me para lá”, confessa com um sorriso. Tem duas filhas e um neto com três anos, que diz ser a sua paixão. Nos tempos livres passa o máximo de tempo com o neto. Também faz tricot e gosta de ler, sobretudo livros da sua área profissional uma vez que considera que nunca se sabe tudo.
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