A margem do rio Tejo na Ribeira de Santarém continua a ser procurada por muita gente para se refrescar durante o Verão, apesar dos problemas de poluição que por vezes assolam o rio. Maria Castelo, 11 anos, Vanessa Bica, 25 anos, e Ruben Luís, 23 anos, são habitantes da Ribeira de Santarém que usufruem das águas do Tejo em detrimento do complexo aquático municipal ou da praia, em boa parte porque ali tomar banho é de borla. Mas, para além desse detalhe, Ruben gosta mesmo mais do Tejo: “Nascido e criado aqui no Tejo, esta é a minha escolha. Prefiro isto porque gosto do contacto com a natureza e fica perto da minha casa”.
A poluição é um tema recorrente quando se fala da qualidade da água do Tejo. Maria pratica canoagem e já está habituada a essa realidade. “Quando venho treinar, por vezes aparece lixo, mas a espuma já é normal”, diz, confessando que tem algum receio de “chegar a casa cheia de manchas no corpo”. Vanessa é mãe e receia também a poluição. “Tenho uma criança com 3 anos e tenho receio que lhe apareçam manchas na pele. Não é bom para adultos, muito menos para as crianças”. Ruben não está preocupado com a poluição mas considera que “as descargas de esgotos e de resíduos das empresas é um factor a ter em atenção”.
Os utilizadores da margem do Tejo na Ribeira de Santarém gostavam de ver a zona mais limpa e arranjada, proporcionando melhores condições à população, lembrando os tempos em que a Câmara de Santarém, há cerca de 10 anos, ali implantou um projecto de praia fluvial que durou pouco tempo e de que só ficaram os destroços, entretanto removidos.