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Rui Serrano renuncia novamente aos pelouros e fragiliza maioria PS/CDU em Tomar

Vereador socialista, que chegou a ser vice-presidente do município, diz não se rever nas práticas do executivo liderado por Anabela Freitas mas vai levar o mandato até ao fim por respeito aos eleitores.

O vereador do PS Rui Serrano anunciou esta terça-feira, 30 de Agosto, a renúncia aos pelouros que tinha no executivo da Câmara de Tomar, fragilizando a coligação entre socialistas e comunistas que tem governado o município neste mandato. Os pelouros ficam agora repartidos apenas pela presidente Anabela Freitas (PS), pelo vice-presidente Hugo Cristóvão (PS) e pelo vereador Bruno Graça (CDU), num executivo com sete elementos.
“Não havendo da minha parte confiança nesta liderança política, à qual não reconheço credibilidade para liderar os destinos do nosso concelho, nada mais me é possível fazer, porque acredito no valor das coisas e não no tempo que elas duram”, diz o vereador no comunicado onde explica as razões da atitude e revela continuar em funções, sem pelouros, por respeito a quem o elegeu.
O desagrado de Rui Serrano face a algumas práticas ocorridas neste mandato já era conhecido e em Janeiro deste ano tinha já renunciado a todos os pelouros após a presidente Anabela Freitas (PS) lhe ter tirado a vice-presidência do município para a entregar a Hugo Cristóvão. Duas semanas depois, Serrano aceitou voltar a ter pelouros, mas perdeu peso político no executivo e, como o próprio agora confessa em comunicado, as coisas não melhoraram.
Rui Serrano diz que foram três anos “intensos” em que houve “naturais divergências internas” que não o surpreenderam, mas já o mesmo não afirma dos casos em que considera ter sido “ultrapassado” nas suas competências quer por Anabela Freitas quer pelo ex-chefe de gabinete da presidente, Luís Ferreira, que desempenhou essas funções até final de 2015.
Com a saída de Luís Ferreira da Câmara de Tomar e com a remodelação de pelouros operada, Rui Serrano teve esperança de que a situação se alterasse. “Infelizmente constatei que a reatribuição dessas competências e responsabilidades, no género e na forma, e que me propus cumprir até ao final deste mandato, não assentavam numa agenda comum. A estratégia de liderança que era minha expectativa e condição de regresso não se revelou e não existe”, afirma.
No mesmo comunicado Rui Serrano acrescenta: “Sem confiança política na maioria PS/CDU no quadro deste executivo para desenvolver e cumprir os objectivos a que me propus, por respeito a quem me elegeu e por respeito ao voto de confiança que me foi concedido pelos cidadãos do concelho de Tomar para que os representasse, renuncio aos pelouros que me foram atribuídos mas, uma vez eleito, vou assumir essa responsabilidade até ao final do mandato”.
Antes desta experiência autárquica em Tomar, Rui Serrano, arquitecto de profissão, tinha sido vice-presidente da Câmara de Abrantes no mandato 2009-2013.

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