Guerra na Câmara da Golegã com violação de correspondência e troca de acusações
Notícia de O MIRANTE sobre museu gera confusão entre chefe de gabinete e vereador
O chefe de gabinete do presidente da Câmara da Golegã, Bruno Medinas, e o vereador do PSD na oposição, José Godinho Lopes, envolveram-se num conflito com contornos de quase ofensa e que ambos têm vindo a expor publicamente na rede social Facebook, na internet. A guerra mete acusações e até publicação de correspondência sem autorização do vereador. O rastilho foi a notícia de O MIRANTE na qual se dizia que o Museu do Cavalo na Golegã vai abrir em 2017. O vereador partilhou a notícia, agradecendo ao jornal por o manter “actualizado” e salientando que desta forma vai sabendo coisas que noutras sedes não vai sabendo.
O chefe de gabinete, que é irmão do presidente da câmara, não gostou do comentário e partiu para o ataque, insinuando que o autarca dava a entender que não sabia que a Golegã ia ter um museu. Bruno Medinas exigiu esclarecimentos de José Godinho Lopes, caso contrário “é legitimo interrogarmo-nos se o ilustre vereador é simplesmente distraído ou se agiu de má-fé tentando manipular os cidadãos”. E não satisfeito publica no Facebook actas da câmara e um e-mail do vereador dirigido a uma assessora do presidente, Rui Medinas, na qual informava que não podia estar na cerimónia de assinatura do protocolo para a instalação do museu.
José Godinho Lopes respondeu através de uma carta aberta, dizendo-se “chocado” com o “promíscuo de ter usado informação sigilosa, a que teve acesso, fruto da sua condição de chefe de gabinete, para me atingir politicamente”. O vereador diz que as informações na notícia foram para ele uma novidade, que foi isso que disse no comentário no Facebook, e não as informações (sobre as decisões de câmara relativas ao museu) que Bruno Medinas publicou e que o vereador considerou “disparatadamente” invocadas.