Começou forte a reunião de Câmara de Benavente de segunda-feira, 19 de Setembro. Os ânimos exaltaram-se quando o vereador do PSD, Ricardo Oliveira, acusou o presidente da câmara, Carlos Coutinho (CDU), de falta de planeamento do novo ano lectivo e falta de visão em relação à organização da Feira das Tasquinhas.
“Ainda agora o ano lectivo começou e o presidente já chumbou com três negativas. O discurso pessimista que utilizou na reunião com os pais, com justificações em teor propagandista, visam desculpabilizar a câmara de falta de planeamento do novo ano lectivo. As obras realizadas no Jardim de Infância de Santo Estêvão, onde colocaram loiças sanitárias de tamanho adulto, representa exactamente isso”, criticou.
A resposta do presidente da câmara, Carlos Coutinho, surgiu de forma severa. “O presidente da câmara fala sempre com verdade e sinceridade. Foi pedido aos pais e professores, compreensão e colaboração sobre este momento em que tivemos de recorrer a todos os funcionários para que se desse o início do ano escolar. Não disse nenhuma mentira. Se considera que isto é um discurso de sacudir água do capote, rejeito essa interpretação. Vem o senhor com a ironia de nota negativa numa escola onde a câmara teve o cuidado de a requalificar. Um trabalho realizado em difíceis condições face à ausência de funcionários”, afirmou.
A Feira das Tasquinhas, que decorreu de 10 a 18 de Setembro, foi também motivo de discussão. Ricardo Oliveira designou o certame de “vira o disco e toca o mesmo”. “Aquilo não é uma feira é uma ‘feirita’. O trabalho da câmara é montar aquilo e mais nada. Não se percebe como não existiu nenhuma referência ao Festival de Arroz Carolino a acontecer no próximo ano”, criticou.
Em resposta à questão da Feira das Tasquinhas, Carlos Coutinho acusou o vereador de desvalorizar o trabalho realizado pelas pessoas nas Tasquinhas Benavente e acrescentou que o desenvolvimento do turismo compete à Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo.
Em declarações a O MIRANTE, Ricardo Oliveira aponta que as respostas de Carlos Coutinho não foram ao encontro das questões levantadas. “Eu tenho as respostas que já sabia que ia ter. O senhor presidente usa sempre os mesmos argumentos, portanto a culpa nunca é da câmara é sempre dos outros”, apontou.