ACT aponta falhas no acidente de trabalho que vitimou dois homens em Abrantes
Em Agosto de 2015 dois trabalhadores morreram na sequência da queda de uma placa nas obras de construção da Unidade de Saúde Familiar. Inspecção da Autoridade para as Condições de Trabalho conclui que não houve avaliação prévia dos riscos. Inquérito seguiu recentemente para tribunal.
O inquérito promovido pela Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) ao acidente que vitimou, em Agosto de 2015, dois trabalhadores durante a construção da Unidade de Saúde Familiar de Abrantes aponta para a “ausência de avaliação de riscos prévia” relativamente à “operação técnica que originou a morte dos trabalhadores”.
Segundo informação dada pelo inspector-geral da ACT, Pedro Pimenta Braz, em resposta a questões colocadas por
O MIRANTE, o inquérito seguiu recentemente para os tribunais. A ACT diz ainda que “este inquérito demorou mais devidos às peritagens técnicas aos diferentes materiais que foram solicitadas por nós”, acrescentando que essas peritagens “não detectaram falhas nos materiais”.
O acidente aconteceu na tarde de dia 17 de Agosto de 2015 quando a queda de uma placa de betão de revestimento da fachada do edifício, com um peso de cerca de duas toneladas, provocou a morte por esmagamento a dois dos trabalhadores, de 35 e 49 anos. O novo equipamento, construído na Rua Nossa Senhora da Conceição, no antigo edifício da Rodoviária, na altura do acidente estava na fase final de construção.
A construção da USF de Abrantes partiu da iniciativa da Câmara Municipal de Abrantes e representou um investimento de um milhão e cinquenta mil euros que contou com comparticipação de 85% de fundos comunitários no âmbito do QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional.