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Cavalo morre em largada de toiros na Chamusca e ninguém assume responsabilidades

Cavalo morre em largada de toiros na Chamusca e ninguém assume responsabilidades

Município ignora pedidos do dono do animal dizendo que ele é que é responsável por participar

Na última largada de toiros da Semana da Ascensão na Chamusca o cavalo de Frederico Centeio foi abatido depois de ter sido furado gravemente por um toiro. Desde Maio, quando ocorreu o acidente, que o dono do animal anda a tentar que a câmara assuma as responsabilidades, sem sucesso. Já enviou uma carta para o município a exigir uma resposta em 15 dias, prazo já ultrapassado há uma semana, mas até agora tem sido ignorado. Frederico pede uma indemnização de quatro mil euros mas o presidente da autarquia, Paulo Queimado (PS), entende que quem leva os animais para o recinto dos festejos é que deve ser responsável por eles.


O acidente ocorreu na última largada de toiros da Semana da Ascensão quando Frederico e outros cavaleiros que estavam a colaborar tentavam colocar os cabrestos nos curros. Nessa altura houve uma falha e deixou-se sair um toiro que investiu contra o cavalo. O dono do cavalo, a quem tinha sido feito um seguro de acidentes pessoais, que não incluía o animal, começou desde então a tentar chegar a acordo com a câmara, até porque se tinha disponibilizado para colaborar nas iniciativas, tendo inclusivamente tirado férias do trabalho para poder ajudar.


Para Frederico Centeio está em causa uma questão de atitude e respeito. “É tudo muito bonito quando tudo corre bem mas quando há problemas ninguém assume as responsabilidades e é isso que me deixa triste”, desabafa em declarações a O MIRANTE. O cavaleiro realça que “já nem é o valor do prejuízo que está em causa mas sim a atitude, porque ninguém quer resolver”. Frederico foi convidado pela Associação É Toiro, que colabora nas actividades tauromáquicas, mas também não tem obtido o seu apoio neste caso.


O presidente da câmara considera que o que “acontece dentro de recintos fechados (manga das largadas) é da responsabilidade dos donos dos animais”. Paulo Queimado diz lamentar a situação, realçando que “é de louvar a participação e a colaboração” mas descarta-se de assumir a situação. O autarca diz que a carta do dono do animal está a ser analisada pelos serviços jurídicos do município. A Semana da Ascensão tem seguro de acidentes que, segundo o presidente, não assumiu a situação por faltar documentação.

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