Câmara de Abrantes paga 100 mil euros por protocolo com Fundação de Serralves
Acordo, com a duração de quatro anos, prevê a realização de exposições em Abrantes e visitas guiadas com descontos ao Museu e ao Parque de Serralves, no Porto.
A Câmara de Abrantes e a Fundação de Serralves vão assinar um protocolo de colaboração que prevê, entre outras vantagens para o município, a organização anual de uma exposição de arte contemporânea que integrará obras da sua colecção, a organização de visitas guiadas com desconto para jovens e seniores ao Museu e ao Parque de Serralves, assim como para os trabalhadores da câmara e professores do concelho, entre outras. O protocolo tem a duração de quatro anos com o valor de 100 mil euros.
O acordo prevê ainda a realização de acções de formação para, por exemplo, jardineiros, “que é um trabalho de excelência feito nessa fundação”, disse a presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque. “Não fomos nós que fomos ao encontro da fundação mas sim eles que vieram ao nosso encontro. Nós achamos uma excelente iniciativa porque nos liga ao melhores desta área”, explicou.
As iniciativas para 2017 ainda não estão definidas porque “isso tem a ver com as necessidades do município e as disponibilidades da fundação”. Outros municípios que já têm esta parceria com a Fundação de Serralves são os de Matosinhos, São João da Madeira, Póvoa do Varzim, Santo Tirso, Funchal ou Ponta Delgada. Não havia nenhum protocolo com municípios ribatejanos até agora.
O protocolo foi aprovado apenas com o votos favoráveis da maioria socialista e com as abstenções das vereadoras Elza Vitório (PSD), que “nesta fase prefere abster-se”, e Ricardina Lourenço (CDU) que disse ter “algumas dúvidas” por se tratar de um montante significativo. “Aparentemente isto foi tudo tão a correr que não nos dá noção do interesse. Percebo a questão das exposições itinerantes e de facto é importante”, afirmou a vereadora da CDU.
Para o vereador com o pelouro da cultura, o município “só tem a ganhar com esta parceria”. Maria do Céu Albuquerque referiu que “temos quatro anos para ver se resulta ou não. Se não houver resultados seremos os primeiros a querer sair”, disse.