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Cidadãos foram à Câmara de Ferreira do Zêzere protestar contra poluição de fábrica

Esta foi a quinta vez que os populares manifestaram as suas preocupações junto dos autarcas, devido aos maus cheiros e a uma eventual contaminação dos solos.

Cerca de 60 populares marcaram presença na última reunião do executivo da Câmara de Ferreira do Zêzere para tentar obter respostas para um problema de poluição e maus cheiros alegadamente gerado pela empresa Biocompost. A empresa dedica-se à produção e comercialização de fertilizantes e substratos de origem orgânica de modo a valorizar e recuperar solos que se encontrem pobres e com necessidades de matéria orgânica.
Esta foi a quinta vez que um grupo de populares de Areias e Pias se manifestou junto aos eleitos de Ferreira do Zêzere por causa dos maus cheiros que emanam daquela empresa, localizada no Terreirinho, Pias, tendo o porta-voz dos populares, Vítor Mendes, afirmado à agência Lusa que a sua preocupação se prende também com uma eventual contaminação dos solos.
“Desde 2014 que o problema dos maus cheiros emanados da Biocompost se têm vindo a agudizar e é impossível as pessoas viveram com aquele cheiro insuportável”, frisou, tendo ainda manifestado a “preocupação com a contaminação dos solos”, na área da União de Freguesias de Areias e Pias.
As intervenções dos vários munícipes têm ido no sentido de apelar à câmara que “faça alguma coisa” para colocar um ponto final neste problema, numa altura em que a fábrica de compostos orgânicos duplicou a sua produção.
“O problema é que a câmara diz que não consegue sozinha resolver o problema e ainda não foi agora que conseguimos obter um esclarecimento sobre o porquê da fábrica estar a laborar nestas condições”, referiu Vítor Mendes, tendo feito notar que a população “não vai desmobilizar desta luta enquanto o problema não estiver resolvido”.
A empresa Biocompost produz e comercializa produtos de origem biológica de modo a valorizar e recuperar solos pobres e com necessidades de matéria orgânica, tanto através do fertilizante orgânico como dos substratos.
Contactado pela Lusa, o vice-presidente da autarquia, Paulo Alcobia Neves (PSD), disse reconhecer os motivos do “desagrado da população” e referiu que a autarquia está a trabalhar com várias entidades para resolver o problema.
“Ainda hoje foi efectuada uma vistoria à fábrica por seis entidades no sentido de pôr em marcha um plano de monitorização da emissão de gases para a atmosfera e descargas de efluentes”, por parte daquela fábrica, plano que “tem por objectivo assegurar que a empresa cumpra com todas as suas obrigações”.
A vistoria, segundo o autarca, contou com elementos da câmara municipal e de organismos de saúde pública, Agência Portuguesa do Ambiente, Direcção Geral de Veterinária, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, e Direcção Regional de Agricultura e Pescas. “Com os resultados desta vistoria vamos depois perceber que tipo de investimentos terá a empresa de eventualmente realizar para que cumpra e respeite as suas obrigações legais”, concluiu Paulo Alcobia.
O MIRANTE contactou a empresa para tentar obter a sua posição, mas não obteve resposta até ao fecho desta edição.

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