Assaltos e vandalismo causam estragos no centro histórico de Abrantes
Polícia já identificou como suspeitas três raparigas menores que estão à guarda de uma instituição.
Nas últimas semanas têm sido frequentes os assaltos a estabelecimentos comerciais no centro histórico de Abrantes, que a PSP imputa a três raparigas menores que estão à guarda de uma instituição. “São pequenas coisas sem grande relevo. É pequena criminalidade mas que provoca estragos”, conta Filipe Gomes, proprietário do histórico café Chave d’Ouro, aberto desde 1934 numa das praças do centro da cidade e que já foi alvo de roubos.
O estabelecimento costuma estar aberto até tarde e Filipe Gomes deixa algumas críticas à falta de policiamento. “Não existe prevenção. A partir das 23h00 acho que a polícia devia fazer um policiamento apeado. A polícia só passa de carro, ora se as ruas do centro histórico estão fechadas ao trânsito os assaltantes movimentam-se à vontade”, explica.
Contactado por O MIRANTE, o Comando da Polícia de Segurança Pública de Santarém diz que os suspeitos já foram identificados e que se “tratam de três menores, sendo que duas têm 14 anos de idade e encontram-se institucionalizadas já há alguns anos e outra de 13 anos recentemente institucionalizada”.
Durante 2015 e no corrente ano foram comunicadas dezenas de vezes fugas das duas menores institucionalizadas há mais tempo. Foram registadas algumas ocorrências em que as mesmas, individualmente ou em parceria participaram, designadamente em alguns furtos e danos e em actividades envolvendo agressões, consumos de álcool e suspeita de estupefacientes, entre outras.
Inaugurou o estabelecimento e foi assaltada na noite seguinte
Elsa Margarida Flor abriu a Tasquinha das Margaridas no dia 7 de Novembro e na noite seguinte viu o estabelecimento ser assaltado. “Levaram bebidas, confeitaria, o fundo de caixa e os tablets do sistema que usamos para os pedidos dos clientes”. O prejuízo ronda os dois mil euros diz a empresária.
“Também conseguiram entrar aqui no banco ao lado. Nessa noite tenho a informação de que foram apanhadas duas adolescentes. Entretanto chegaram os resultados das análises às impressões digitais mas não houve correspondência com ninguém”. Depois do assalto a segurança foi reforçada mas Elsa queixa-se de que o policiamento só é feito “de dia e para aplicar multas, durante a noite não se vê ninguém das autoridades”.
Filipe Gomes refere que a Câmara de Abrantes deveria tomar medidas, “até porque é do interesse da autarquia que diz que Abrantes é uma óptima cidade para viver”. Antigamente havia um guarda-nocturno pago pelos comerciantes que ajudava a dissuadir este tipo de ocorrências.
Da sede do clube Sporting de Abrantes levaram, na madrugada de 21 de Novembro, uma televisão, a máquina registadora, pacotes de batatas fritas, chocolates, grades de cervejas e outras garrafas de bebidas. “Mais os estragos que fizeram na porta”, conta o presidente do clube, Luís Silvério a O MIRANTE.