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Constância pede apoios para abrir casa “digna da memória de Camões”
APOIO. Na apresentação procedeu-se à entrega simbólica de um cheque à Associação Casa-Memória de Camões, por uma turma da Escola Luís de Camões

Constância pede apoios para abrir casa “digna da memória de Camões”

Município e entidades locais não chegam para levar por diante esse projecto, diz a presidente da câmara, Júlia Amorim, que se queixa da falta de reconhecimento da administração central.

A Câmara de Constância reivindica apoios do Estado para “abrir em Portugal uma casa digna da Memória de Camões”, sendo secundada pela direcção da Associação Casa Memória, na apresentação das actividades do Ano Camões.
“Em Espanha há a Casa Cervantes, em Inglaterra há a Casa Shakespeare e Portugal não tem uma Casa de Camões. Mas ela existe. Está aqui, em Constância, a terra mais camoniana de Portugal”, disse a presidente da Câmara de Constância, Júlia Amorim (CDU), alertando que, “sozinhas, a autarquia e a entidades locais, não conseguem”.
As críticas vão para a “falta de reconhecimento” por parte da administração central, tendo Júlia Amorim admitido as “dificuldades” da Associação Casa Memória de Camões, entidade que “necessita de apoio financeiro para tornar este espaço adaptado às necessidades do dia de hoje. O principal é que a administração central acredite que Camões merece uma casa em Portugal”, vincou.
A presidente da autarquia fez notar que o tecido empresarial “está sensibilizado para o tema Camões” e defendeu que “deve ser ultrapassado o preconceito de que a passagem do poeta pelo concelho pode contribuir para o seu desenvolvimento económico”. Segundo Júlia Amorim, a cultura não deve ser considerada “elitista” e o turismo cultural pode assumir-se como “um factor determinante para a criação de riqueza” e “postos de trabalho”.
O Ano Camões representa, nas suas palavras, uma das peças da construção da relação do poeta com o concelho num longo processo “que se vai fazendo” e, neste momento, se encontra numa fase de “maior dinamismo”.
À semelhança de Olga Antunes e António Matias Coelho, directora do Agrupamento de Escolas e presidente da Casa Memória, respectivamente, Júlia Amorim destacou a forma como o trabalho conjunto das três entidades organizadoras projecta, “para fora dos muros do concelho, a ideia convicta de que Camões esteve em Constância” e reforça os motivos para que o concelho receba mais visitantes. Uma ideia que, defende, “devia ser partilhada e estimulada pelo Governo com o reconhecimento e financiamento” da Casa Memória.

Ano Camões com várias actividades
O programa comemorativo dos 25 anos da Escola Secundária Luís de Camões e dos 40 anos da Associação Casa Memória de Camões decorre no ano lectivo 2016/17. Além das actividades já realizadas em Outubro, as comemorações continuaram em Novembro com a apresentação do livro “Até que o Amor me Mate - As Mulheres de Camões”, de Maria João Lopo de Carvalho, no dia 28. A vertente literária mantém-se a 4 de Dezembro, com António Fonseca a tornar público o áudio-livro “Os Lusíadas como nunca os ouviu”. Ambas as actividades integram a Feira do Livro de Constância e têm lugar na Casa Memória de Camões.
Um momento marcante da ocasião foi a entrega simbólica de um cheque à Associação Casa-Memória de Camões, por uma turma da Escola Luís de Camões. Um valor que resultou de um projecto de empreendedorismo desenvolvido na escola, com o apoio da TagusValley, no qual os jovens produziram e venderam sacos literários.

Constância pede apoios para abrir casa “digna da memória de Camões”

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