Governo dá luz verde a projectos na zona ribeirinha de Azambuja
Garantia é dada pelo presidente da câmara, Luís de Sousa, que espera poder finalmente recuperar o Palácio da Rainha, há muitos anos em ruínas.
O presidente da Câmara Municipal de Azambuja diz que o Governo já deu “luz verde” ao município para que concretize três projectos de reabilitação da zona ribeirinha do concelho, nomeadamente a recuperação do Palácio da Rainha, também conhecido por Palácio das Obras Novas, que está em ruínas. Segundo explicou à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Luís de Sousa (PS), a reabilitação da zona ribeirinha deste município ribatejano contempla igualmente a recuperação da Vala do Esteiro e da praia da Casa Branca.
“Foi com grande satisfação que fomos informados pela secretaria de Estado do Ambiente de que o Governo nos iria ajudar a concretizar estes projectos. Já tínhamos visto sensibilidade por parte do senhor secretário de Estado no Verão, mas agora tivemos a confirmação”, apontou o autarca.
No que diz respeito ao Palácio da Rainha, Luís de Sousa referiu que o Governo se mostrou disponível para que a Câmara de Azambuja possa adquirir o imóvel, actualmente propriedade do Ministério do Ambiente, para ali se poder intervir, já que o Estado nunca abriu portas à recuperação daquele património.
“Ao longo dos anos, muitos empresários desistiram de intervir no palácio porque o processo tornava-se moroso. A possibilidade de o município poder adquiri-lo abre novas possibilidades, nomeadamente a concessão do espaço”, apontou. No local, a Câmara de Azambuja pretende criar “mais espaços de animação” e promover a prática de desportos náuticos, uma vez que o palácio fica junto ao rio Tejo.
Relativamente à recuperação da vala do Esteiro, obra estimada em 150 mil euros, o autarca de Azambuja adiantou que o município está a ultimar uma candidatura a fundos comunitários, que conta com o apoio da tutela. Por seu turno, na praia da Casa Branca, a Câmara de Azambuja pretende instalar um parque infantil e dotar o espaço de restaurantes e bares.
“Temos neste momento uma empresa a fazer estudos e projectos para a zona ribeirinha. Ainda não temos uma previsão de quando poderemos iniciar as intervenções. Esperemos ter mais novidades durante o próximo ano”, perspectivou.
Palácio das Obras Novas é história antiga
A necessidade de intervenção no Palácio das Obras Novas, que evite a sua ruína total, já é notícia em
O MIRANTE pelo menos há uma dúzia de anos. Em Fevereiro de 2010, o então presidente do município de Azambuja, Joaquim Ramos, dizia: “O processo da futura recuperação do Palácio das Obras Novas está em ponto morto. Esse é outro monumento que é propriedade do Estado e no qual não podemos mexer sem autorização. Temos feito inúmeras diligências no sentido de vir a ser recuperado mas esse é um processo bem mais complicado. Até porque o palácio está em leito de cheia do Tejo e é difícil motivar iniciativa privada para encontrar uma solução para o local”.
O Palácio das Obras Novas, na Azambuja, também conhecido por Palácio da Rainha, foi construído no reinado de D. Maria I (1777-1816), também responsável pela abertura da Vala Nova ou Vala Real que lhe fica próxima.