Luís Ferreira diz que Anabela Freitas é uma mulher sem escrúpulos
Luís Ferreira aproveita todos os pretextos para desancar na presidente da Câmara de Tomar. Desta vez chama-lhe quase todos os nomes depois de ter lido um texto que Anabela Freitas publicou no dia do seu aniversário e que nem sequer o refere ou nomeia.
O ex-chefe de gabinete e ex-companheiro de Anabela Freitas aproveitou um texto que a sua ex-companheira publicou na sua página do facebook, no dia do seu aniversário, que ocorreu a 21 de Novembro, para vir publicamente acusá-la de oportunista e de faltar à verdade quando o acusou de violência doméstica. Na resposta ao texto de Anabela Freitas, que nunca o cita nem o refere, Luís Ferreira leu, aparentemente, o que lhe apeteceu nas entrelinhas, e desanca na presidente da Câmara de Tomar e sua ex-companheira, dizendo que o seu texto é “abjecto”, que ela é uma mulher “oportunista”, dando a entender que a queixa por violência doméstica não foi para a frente porque não tinha fundamento.
O texto de Luís Ferreira aproveita a acusação de violência doméstica para a atacar politicamente, e em toda a linha, afirmando-se perante a sua ex-companheira “sem qualquer poder, rendimento ou situação de ascendente de qualquer tipo”, acrescentando que “cada vez mais os papéis estão invertidos e tu és a prova de que o exercício do poder, sem ética, por parte de mulheres sem escrúpulos, é bem mais perigoso do que o exercido, nas mesmas condições, pelos homens”, chegando ao ponto de lhe perguntar no final do seu artigo “Estás convencida que isso te rende votos? Parabéns. Depressa perceberás que o poder, além de efémero, é demasiado volátil e não te servirá de escapatória ao encontro com a justiça”.
Curiosamente, Luís Ferreira tem feito acompanhar todos os textos em que ataca pessoalmente e politicamente a sua ex-companheira e presidente da Câmara de Tomar, com fotos aparentemente retiradas do álbum de família.
Anabela Freitas desabafa no dia dos seus 50 anos
A presidente da Câmara de Tomar postou no seu facebook o texto que transcrevemos e que serviu de base às criticas de Luís Ferreira.
“Na vida assumimos vários papéis. Mas há duas condições de que não abdico, independentemente de onde estiver, o que estiver a fazer ou com quem estiver, que são o ser mulher e o ser mãe. Por vezes somos confrontados na nossa vida privada com situações que colocam em causa estas duas condições. Quando uma ou as duas são colocadas em perigo existem mecanismos para garantir o cumprimento dos nossos direitos enquanto seres humanos. Até tomarmos a decisão de fazer valer os nossos direitos, o processo não é fácil. Não é fácil revelar a terceiros o que se passa dentro da nossa casa e, mesmo depois da decisão tomada, ainda pensamos se tomámos ou não a opção correcta. Misturar os diversos papéis, ver na questão um processo de vitimização, é não perceber a dor interior que causa expor a nossa privacidade; é não perceber que acima de tudo somos seres humanos e que, exige-nos a dignidade e não só o direito, temos de lutar por essa condição essencial. No dia em que completo 50 anos termino como comecei: tenho o direito a ser mulher e mãe e não abdico desse direito”.