Estes ucranianos trabalham, pagam impostos, optam por ter filhos e de um modo geral estão integrados. Não vivem em bairros só com pessoas da sua nacionalidade e os filhos andam nas escolas portuguesas e pelo que leio, embora generalizar seja abusivo, são bons estudantes. É pena que a crise e as exigências das leis e das burocracias tenham feito com que, dos 62 mil que havia em Portugal já só restem esses tais 36 mil (embora seja verdade que umas boas centenas já tenham pedido a naturalidade portuguesa por estarem no país legalmente há mais de seis anos). Portugal rejuvenesce com esta comunidade mas há o reverso da medalha. A Ucrânia tem mais de 20 milhões de cidadãos espalhados por cerca de 46 países em todo o mundo devido à sua grave situação económica (salários médios de pouco mais de 200 euros) e à guerra no Leste do país.
Damião Gomes