Há 25 anos que Cristina Santos trabalha na papelaria que agora tem o seu nome. Entrou para lá aos 18 anos. Na altura a loja chamava-se Papelaria Nide, em homenagem à anterior proprietária. Há dois anos, Cristina Santos passou de funcionária a proprietária porque comprou a papelaria. O negócio é familiar porque ela tem a ajuda da família. Tanto o marido como a filha mais velha ajudam-na quando têm folgas dos seus trabalhos.
Cristina nasceu na Póvoa de Santa Iria e olha para a cidade como um “Bairro”. O seu bairro. De um modo geral conhece toda a gente e interessa-se por tudo o que se passa, tanto ali como nos arredores. Uma das formas de ela própria se manter informada é através da leitura de O MIRANTE, tal como os seus clientes. E o jornal tem mais procura quando traz notícias da terra.
Os produtos mais procurados pelos seus clientes são as raspadinhas e o tabaco. A época alta do negócio acaba por ser o início do ano lectivo por causa do material escolar. Quanto aos jornais e revistas, vendem-se mais no Verão e o jornal mais procurado é o Correio da Manhã. As revistas começam agora a recuperar um pouco depois de uma acentuada quebra na altura em que a crise económica era maior.
A situação de O MIRANTE é especial. “Há clientes que o procuram mas a maioria opta por comprar o Expresso que traz junto O MIRANTE. E sei que é assim porque se me esqueço de colocar O MIRANTE no saco há logo clientes que me chamam a atenção. Se isso acontece é porque gostam de o ler”, explica Cristina Santos.
A Papelaria também aceita pequenos anúncios para O MIRANTE e faz assinaturas. “Ainda ontem um senhor veio cá fazer a assinatura e disse que enquanto puder vai continuar a querer ler O MIRANTE”, conta a proprietária.
Antes, quando os jornais estavam expostos sobre a bancada da loja, os clientes costumavam folheá-los lá e nem sempre os compravam. Agora, isso já não acontece mas Cristina não duvida de que as notícias mais procuradas são sempre as da Póvoa de Santa Iria.
“É muito por causa do Facebook de
O MIRANTE. As pessoas quando sai alguma notícia interessante compram a edição em papel para lerem melhor e há o passa palavra. Por exemplo, há pouco tempo houve a notícia do Mouchão da Póvoa. Eu apercebi-me dela porque a minha casa tem vista para lá mas muitas pessoas não sabiam o que estava a acontecer e vinham à procura da notícia”, explica.