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Vendas agressivas de gás alarmam moradores da Póvoa de Santa Iria
QUEIXAS. Moradores já ligaram várias vezes para a polícia a denunciar a situação

Vendas agressivas de gás alarmam moradores da Póvoa de Santa Iria

Vários moradores sentiram-se chantageados pelos vendedores e ligaram para a PSP.

Na Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira, uma nova e agressiva forma de vender contratos de gás do mercado livre está a alarmar os moradores. Indivíduos envergando coletes da Galp Energia estão a bater às portas dos prédios exigindo aos moradores consultar as facturas do gás. Recolhem informação da factura e depois tentam convencer os residentes a mudar para novos contratos feitos na hora.
Vários moradores sentiram-se intimidados nas últimas semanas porque, em alguns casos, os vendedores terão alegadamente recusado devolver as facturas até que novos contratos fossem assinados. Como a identificação destes vendedores é bastante precária – além do colete da marca pouco mais os distinguia – e as abordagens estão a ser feitas fora do período normal de expediente – aos fins-de-semana, feriados e à noite – muitos moradores estranharam e contactaram a polícia.
A PSP confirma ter recebido vários alertas de moradores e afiança que está no terreno a apurar o que se passa. A
O MIRANTE, a Galp Energia explica que tem diversos mecanismos de controlo de qualidade dos serviços que contrata e “regras apertadas” que as empresas com quem trabalha são obrigadas a cumprir. “Incluindo penalizações e exclusão das empresas e funcionários que deixem de as observar”, explica a Galp, acrescentando que, em muitos casos reportados à empresa pelos seus clientes e o que mostram as queixas apresentadas na entidade reguladora (ERSE) e na associação de defesa do consumidor (DECO), “são situações de vendedores que se fazem passar por funcionários da Galp para vender contratos de outras empresas”.
A maioria dos alertas dos moradores tem surgido da Avenida Ernest Solvay e da zona da Quinta da Piedade. “Bateram-me à porta e era um homem com um colete da Galp. Só me pediu para consultar a factura do gás para conferir o número de contrato. Dei-lhe a factura mas depois ele quis à força obrigar-me a assinar um novo contrato no mercado livre e não me queria dar a factura de volta. Só depois de muita conversa e do meu marido lhe ameaçar bater é que ele devolveu a factura e foi embora”, relata Inês Pereira de Sousa, moradora na Avenida Ernest Solvay.
Há também quem confirme tentativa de cobrança aparentemente abusiva. “Como não fiz contrato o homem disse-me que lhe tinha de dar na hora 50 euros para poder manter o contrato actual. Respondi-lhe que isso não fazia qualquer sentido e peguei no telemóvel para ligar à Polícia. Nessa altura ele disse-me para deixar estar e foi logo embora”, conta Pedro Filipe, morador na mesma rua.

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