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Participar na Feira Nacional da Agricultura ainda é um investimento que compensa

Participar na Feira Nacional da Agricultura ainda é um investimento que compensa

Expositores dizem que o certame é uma montra para negócios e contactos. Preço dos bilhetes, considerado elevado, é um aspecto que merece reparos.

Manuel Ferreira e António Quintas são de Évora e todos os anos são convidados pela Associação de Criadores de Ovinos da raça Ille de France a estar presentes na Feira Nacional de Agricultura (FNA), em Santarém. Para estarem junto dos animais e proverem às suas necessidades alimentares deslocam-se todos os dias entre Évora e Santarém. Pelo facto de serem sócios da associação, as despesas que suportam são as do seu próprio transporte, o que consideram um investimento já que a FNA/Feira do Ribatejo continua a constituir uma montra privilegiada para mostrar o que se produz e fazer negócios ou contactos para futuros.
João Ferreira, representante do Grupo Auto Industrial, importador de tractores e alfaias agrícolas Kubota, considera um investimento a presença da marca nesta feira. Os tractores de grande porte presentes nesta “montra” foram disponibilizados pelos concessionários de Benavente e Chamusca, o que torna os custos de transporte aceitável, cerca de 300 euros por carga.
João Ferreira também é produtor de milho, com terrenos na Chamusca e em Alpiarça. Garante que continua a valer a pena produzir cereais em Portugal, considerando que tem de se apostar em áreas de terrenos para cultivo cada vez maiores. As máquinas, que actualmente permitem fazer muito do trabalho agrícola mais pesado, motivam cada vez mais os jovens a apostar no setor agrícola, afirma.

Preços das entradas são elevados
João Canavarro vende tractores há 40 anos, actualmente como colaborador da empresa M J Nalha, agente da Kubota na Chamusca. Tem acompanhado a FNA/Feira do Ribatejo ao longo dos anos e considera que os bilhetes para entrar na feira têm um preço muito elevado para as famílias. Antigamente, quando se realizava no Campo Infante da Câmara, a feira era de entrada livre todos os dias, por isso defende que a entrada devia ser simbólica, 2 ou 3 euros.
O expositor também considera a Feira Nacional de Agricultura uma “montra” privilegiada para promover negócios, apesar de a tradição de vir à Feira do Ribatejo comprar os tractores ou alfaias já não ser como antigamente. Agora os interessados têm muitos agentes e também a Internet para comprar. Na feira os potenciais clientes contam com as campanhas que permitem preços mais apetecíveis.
A Cimetal é uma empresa com sede em Casais Novos, concelho de Torres Novas. Comercializa alfaias agrícolas, vedações e soluções agrícolas. O gerente Carlos Mota está presente na feira, na nave da Fersant, e garante que os sete anos de presença têm sido muito bons em termos de contactos para negócios e até concretização de alguns. Os custos, diz, são relativos já que como sócio da Nersant não paga diretamente a presença na feira. Os custos acabam por ser um investimento, defende Carlos Mota, porque dar a conhecer os produtos que comercializa é uma mais valia de negócio.
Luís e Pedro Fernandes são de Torres Novas e visitam a feira todos os anos, desde que a mesma se realiza no CNEMA. Aproveitam o dia de entrada livre (segunda-feira, 12 de Junho), porque o preço dos bilhetes para toda a família pesa no orçamento. As idas aos restaurantes presentes também são limitadas porque dizem que os preços praticados não correspondem à qualidade desejada. Ainda assim consideram a FNA/Feira do Ribatejo uma boa oportunidade para conhecer novas apostas para o sector agrícola, já que praticam uma pequena agricultura que lhes permite complementar o orçamento familiar.

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