“Nas semanas em que há notícias da terra o jornal vende-se muito melhor”
Papelaria “1000 & uma histórias” - Rua Palha Branco, nº 1 - Castanheira do Ribatejo
As alturas mais movimentadas dos dias são de manhãzinha, quando a maioria das pessoas vai buscar os jornais, e ao final da tarde, quando quem não conseguiu comprá-los de manhã aproveita para fazer ao fim do dia.
A Papelaria “1000 & uma histórias” é um negócio de família. Maria da Luz Boim é prima do marido de Ana Paula Torrão e as duas decidiram juntar-se e passar a trabalhar juntas. Há dois meses, Maria da Luz deixou o trabalho numa empresa de consultoria e Ana Paula deixou de ser assistente técnica na secretaria de uma escola do agrupamento da Castanheira do Ribatejo. Adquiriram o espaço onde durante vinte anos anos esteve outra papelaria, reformularam-no por completo e transformaram-no no que é hoje. A inauguração foi há um mês.
“Foi uma grande aposta porque estávamos as duas empregadas, com estabilidade, e deixámos o que tínhamos para virmos para aqui”, confessa Maria da Luz.
Embora um mês de porta aberta seja pouco para avaliar a potencialidade do negócio, as duas sócias estão confiantes de que fizeram uma boa aposta. A clientela da papelaria antiga continua a ir ali diariamente e a maior diversidade de oferta, desde bijuteria a malas, brinquedos, material de escritório, jornais, revistas e livros, permitirá atrair novos públicos.
As alturas mais movimentadas dos dias são de manhãzinha, quando a maioria das pessoas vai buscar os jornais, e ao final da tarde, quando quem não conseguiu comprá-los de manhã aproveita para fazer ao fim do dia. “As pessoas até brincam às vezes e dizem que vêm buscar o Correio da Tarde em vez do Correio da Manhã!”, conta Maria da Luz.
Refere o Correio da Manhã como o jornal mais procurado a par do Record. As revistas também têm boa saída. O MIRANTE, como o Expresso tem saída e o jornal está no saco daquele semanário, acaba por ser bastante lido. Ana Paula acredita até que se a distribuidora deixasse mais alguns exemplares de O MIRANTE eles também seriam vendidos, principalmente quando a edição tem notícias daquela zona.
“Vendemos sempre mais quando vem alguma publicação sobre alguém cá da região. E se mais tivéssemos, mais vendíamos!”. Os clientes não costumam fazer da papelaria sala de leitura. “Compram e vão embora. Já sabem o que lhes interessa”, acrescenta Maria da Luz.
Para terminar a conversa as nossas interlocutoras adiantaram que “uma das ideias para dinamizar a papelaria é aceitar pequenas histórias escritas pelos clientes, seleccioná-las e colocá-las na papelaria em exposição para poderem ser lidas por quem espera ou por quem se interessa por leitura”.