Autarca diz que obras nas barreiras de Santarém estão para breve
Presidente da câmara afirma que ninguém mais do que ele quer as máquinas no terreno. Auto de consignação da empreitada foi assinado há três meses mas as máquinas ainda não entraram no terreno, o que tem causado alguma estranheza. Só depois da estabilização da encosta de Santa Margarida é que poderá reabrir ao trânsito o troço da EN 114 fechado desde Agosto de 2014.
O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), disse na reunião do executivo de segunda-feira, 19 de Junho, que as obras de estabilização da encosta de Santa Margarida devem começar no princípio do próximo mês de Julho. Até à data, o empreiteiro a quem a obra foi adjudicada tem feito alguns trabalhos preparatórios no terreno devendo as máquinas entrar em obra a breve trecho, segundo estima o autarca.
Recorde-se que o auto de consignação da empreitada - último passo administrativo que tecnicamente permite de imediato ao empreiteiro entrar em obra - foi assinado no dia 23 de Março de 2017 pelo presidente da Câmara de Santarém e pelo dono da empresa Ancorpor - Geotecnia e Fundações, Lda., José Carlos Gonçalves, a quem foi adjudicada a empreitada. Só que entretanto nada se viu de relevante no terreno, o que tem alimentado dúvidas e alguma especulação.
As obras de consolidação da encosta de Santa Margarida são fundamentais para garantir a reabertura do troço da Estrada Nacional (EN) 114 que está vedado ao trânsito entre o planalto citadino e a Ribeira de Santarém, por razões de segurança, desde Agosto de 2014, quando se registou um deslizamento de terras.
A propósito da estrada cortada, e respondendo a algumas vozes que reclamam a reabertura desse troço, Ricardo Gonçalves sublinhou que a tutela sobre essa via é da empresa pública Infraestruturas de Portugal, que não a reabre enquanto não estiver garantida a estabilidade da encosta sobranceira.
Ricardo Gonçalves respondia a questões colocadas pelo vereador da CDU Jorge Luís Oliveira. “Queremos que as obras comecem o mais rapidamente possível e ninguém quer mais que a estrada reabra do que o presidente da Câmara de Santarém”, afirmou Ricardo Gonçalves.
Esta primeira fase da empreitada de consolidação das barreiras de Santarém, que vai incidir sobre a encosta de Santa Margarida, está orçamentada em cerca de 5 milhões de euros, sendo financiada pela União Europeia em 85%. Município e Infraestruturas de Portugal dividem o valor remanescente. O prazo de execução da empreitada, que já está a contar, é de 27 meses.