A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira admite vir a estudar com a Junta de Freguesia da Castanheira do Ribatejo a possibilidade de impedir que veículos pesados e de elevada tonelagem circulem naquela vila no período nocturno.
A ideia foi avançada na última assembleia municipal pelo presidente do executivo, Alberto Mesquita (PS), em resposta a um morador de Castanheira do Ribatejo que lamentou a elevada quantidade de ruído provocado durante a noite pelos camiões. “Tenho todo o interesse em realizar uma reflexão com o presidente da junta para que se possa estudar a possibilidade dos pesados não circularem dentro da Castanheira durante a noite. A freguesia tem um regulamento de trânsito e vamos estudar essa possibilidade”, notou o autarca.
A solução não seria pioneira no concelho, já que também a sede de concelho, Vila Franca de Xira, impediu há quase 15 anos os camiões de atravessar o seu núcleo urbano de forma permanente, com claras melhorias para a qualidade de vida dos moradores. O atravessamento de Vila Franca de Xira, para quem circula de camião, é feito pela auto-estrada do norte (A1).
No caso da Castanheira do Ribatejo, poderia estar em causa uma solução semelhante, já que a vila é servida por um nó da A1. “Há uma hora de silêncio mas muitas vezes ouve-se um barulho imenso durante a noite por causa dos camiões, às vezes não se consegue pregar olho. Seria muito interessante se a câmara pudesse fazer na Castanheira o mesmo que fez em Vila Franca de Xira e os proibisse de circular durante a noite”, apelou Hilário Mendes, morador na vila, durante a última sessão da assembleia municipal.
Para vários moradores da Castanheira a ideia divide opiniões. Há quem defenda que os camiões passem para estimular os negócios existentes e quem ache que se trata de uma boa medida para a qualidade de vida e ambiente dos moradores se a sua passagem for proibida durante a noite.
“A questão de fundo continua a ser, no nosso entender, a abolição de portagens em toda a extensão do nosso concelho. Temos de encontrar uma solução para esse problema. Transferir as portagens de Aveiras de Cima para Alverca foi um erro tremendo que não pudemos evitar. Mas continuaremos a lutar para que deixem de ser cobradas”, garante Alberto Mesquita.