“Muitos leitores de O MIRANTE tornaram-se assinantes ou lêem-no na internet”
O MIRANTE vende-se aqui! “A Ginjinha”, junto à estação de comboios de Vila Franca de Xira
Na cidade de Vila Franca de Xira não há quem não conheça A Ginjinha, mesmo ao lado da estação de comboios, pela simpatia do atendimento, a vasta oferta de jornais e revistas e, claro, a famosa ginja. E uma boa leitura pode sempre começar com uma boa ginja, garante Vítor José Vaz, 53 anos, um dos donos do estabelecimento.
Foi em 2004, quando saiu da Marinha – onde funcionaram as escolas da Armada em Vila Franca de Xira - que Vítor se juntou ao seu sócio, Manuel Inácio, para adquirir a Ginjinha, que já existia e completou este ano 34 anos. Remodelou-o e transformou-o na referência que é hoje. Vítor é natural do concelho de Mirandela mas diz com um sorriso que está “emprestado” a Vila Franca de Xira desde 1982. “Gosto muito da cidade e tenho já muitos clientes que são amigos e com quem tenho uma grande relação”, conta.
Além de vários tipos de ginjas de diferentes localizações do país, “A Ginjinha” tem também cafetaria geral, venda de jornais e revistas e é agente dos jogos Santa Casa. “Recebemos apostas de Euromilhões, Totoloto e o Placard, que tem tido muita adesão e muita gente a jogar. Também as raspadinhas saem bem”, conta.
Já os jornais, esses, confessa que longe vão os tempos em que saíam tão bem. “Houve uma quebra aí de 30 por cento, não só devido aos novos meios que as pessoas têm à disposição, como a Internet, como ao facto de muita gente se ter tornado assinante e receber o jornal em casa como acontece com O MIRANTE. Há depois muita gente com mais alguma idade que comprava e que, com o passar dos anos, foi deixando de comprar”, lamenta.
Vítor Vaz diz que não há nenhuma outra forma tão eficaz de andar bem informado senão lendo os jornais mas lamenta que o jornalismo actual esteja a piorar. “A qualidade do jornalismo decaiu um pouco e os crimes são o que as pessoas mais querem ler a par dos acidentes e das vidas dos famosos. A desgraça é o que continua a vender melhor”, lamenta.
Na Ginjinha ainda há muita gente a ler e sair sem pagar. Vítor já pensou em colocar um aviso mas de nada serve. “Temos muita gente que faz isso. Mas alguns são já nossos clientes de longa data que todos os dias compram o jornal, não os vou impedir de espreitar outro título. Há um grande espírito de amizade com os clientes, alguns são nossos clientes há décadas. Cria-se uma cumplicidade muito grande”, explica.
Para Vítor Vaz o futuro está assegurado nos jornais e nas revistas, sobretudo na imprensa regional, porque há sempre notícias da terra para ler e ninguém gosta de andar mal informado. “Motiva-me estar com as pessoas, sentir-me útil enquanto poder e tiver forças e por isso esta casa é para manter de portas abertas”, garante. A Ginjinha está aberta de segunda a sexta das 06h30 às 20h00 e aos sábados até às 13h00. Ao domingo está encerrada mas permanece aberta a Ginjinha de Alhandra, situada perto da estação de comboios daquela vila.