Vila Franca de Xira não pode voltar a ser um concelho periférico e suburbano
Socialista Alberto Mesquita apresentou a sua recandidatura à presidência do município
O concelho de Vila Franca de Xira não pode voltar a ser um espaço periférico, suburbano e com um território não qualificado, devendo continuar a reforçar a sua identidade, melhorar a sua competitividade e ser ainda mais solidário. A ideia foi defendida pelo socialista Alberto Mesquita na noite de terça-feira, 27 de Junho, num lotado salão dos Bombeiros Voluntários de Vila Franca de Xira, durante a apresentação oficial da sua candidatura a um novo mandato à frente dos destinos do município.
Num discurso de quatro páginas, o autarca salientou que, desde a vitória do PS sobre a CDU em 1998, muita coisa mudou na gestão municipal, numa forma de trabalhar “não condicionada por agendas ideológicas, em que os preconceitos ou os interesses partidários ou eleitorais se sobrepõem aos interesses das pessoas e das comunidades”.
Alberto Mesquita traçou como principais objectivos para o próximo mandato a abolição das portagens na auto-estrada do norte (A1) no troço que atravessa o concelho, a concretização de um passeio pedonal e ciclável entre a Póvoa de Santa Iria e Alverca e a exigência junto do Governo com vista à reparação das escolas que estão em mau estado no concelho.
A criação do Museu da Tauromaquia, apoio ao desporto escolar, aumento da promoção turística e dinamização da regeneração urbana estão também no caderno de encargos. A área social tem também forte peso no programa apresentado, destacando-se a promoção de novos apoios às famílias socialmente vulneráveis, criação de atendimento social integrado e dinamização de toda a rede social.
A lista completa
Além de Mesquita, acompanham-no na lista António Oliveira, Manuela Ralha, António Félix, Fátima Antunes, Jorge Zacarias, Luís Carvalho, Alexandra Tavares, Ana Sofia Pires, Luís Coelho, Diana Mota, José Manuel Peixeiro, Filipa Taipina, André Vaz, Raquel Afonso, Ricardo Bragança Silveira, Pedro Costa, Natália Sirouca, Hugo Moisés Vicente, Cristina Artilheiro, José Sabino Lopes e Victor Mendes.
Na apresentação estiveram vários presidentes de câmara, deputados e membros das estruturas socialistas. O secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa, era para estar presente mas desmarcou devido à realização de um concerto solidário em Lisboa. Numa mensagem gravada exaltou o “excelente trabalho” feito por Alberto Mesquita nos últimos quatro anos e manifestou o seu “orgulho e esperança” em Mesquita para que possa, “nos próximos quatro anos”, fazer de Vila Franca de Xira um exemplo ainda maior na Área Metropolitana de Lisboa. A deputada e ex-presidente do município, Maria da Luz Rosinha, é a mandatária da candidatura. “O Alberto merece a nossa confiança porque é uma pessoa que faz parte das nossas vidas. Conhecemo-lo do dia-a-dia, cruzamo-nos com ele. Nós amamos Vila Franca de Xira”, afirmou.
CDU deixou o concelho estagnar
As frases mais quentes da noite foram deixadas por Fernando Paulo Ferreira, presidente da concelhia socialista e o rosto do PS à presidência da assembleia municipal. “Ainda nos lembramos da estagnação a que o nosso concelho foi vetado quando ganhámos a câmara em 1998”, notou. O autarca criticou a CDU por ter votado contra “todos os grandes investimentos” do concelho, como a construção do novo Hospital, do caminho ribeirinho, da plataforma logística, do IMI Familiar (Imposto Municipal sobre Imóveis) e, mais recentemente, da aquisição das escolas da Marinha. “É pena que os ventos de mudança que sopram no Parlamento ainda não tenham chegado a Vila Franca de Xira”, rematou.