Águas de Santarém averigua despejo de águas residuais domésticas na via pública
Situação passa-se num logradouro público junto à Avenida José Saramago, no centro da cidade.
A empresa municipal Águas de Santarém está a averiguar a origem do despejo de águas residuais domésticas que se tem verificado num logradouro público junto à Avenida José Saramago, em Santarém, e confirma a irregularidade da situação. Teresa Ferreira, administradora da Águas de Santarém, referiu a O MIRANTE que a empresa vai notificar o condomínio - dando cumprimento ao estipulado no artigo n.º 17 (obrigatoriedade de ligação às redes de distribuição de águas e de saneamento de águas residuais urbanas) do Regulamento de Serviços de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais do Município de Santarém -, fixando um prazo para a regularização da ligação à rede de drenagem de águas residuais domésticas.
Esta é uma situação que dura há já algum tempo e quem vive ali já se habituou a ver e muitas vezes até ser obrigado a colocar os pés nas poças de água que insistentemente permanecem no solo, quer esteja chuva ou sol, vindas de duas saídas de águas ligadas aos algerozes. António Dias é um dos que mais se queixa da situação.
Residente há 40 anos naquele local, o reformado não entende como é que, sendo uma ocorrência que já acontece há mais de um ano e bem visível, ainda não foi solucionada. “Ainda por cima a água umas vezes é de cor azul e outras cor-de-rosa. É de estranhar”, admite. O que mais preocupa o morador, diz, “são as crianças que andam por ali a brincar e que estão em contacto com aquelas águas que têm químicos”.
O morador deu conta da situação à Águas de Santarém e espera que a empresa resolva o problema, detectando a fonte poluidora. António Dias não tem certezas sobre o que se passa mas já tem as suas suspeitas. “Acho que naquele prédio do fundo alguém fez uma ligação clandestina do cano que vem de uma máquina de lavar para a conduta de escoar as águas dos algerozes”, afirma.