Críticas à falta de divulgação da passagem da Volta a Portugal em Benavente
O presidente da câmara, Carlos Coutinho, responde que essa responsabilidade era da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo e não da autarquia.
A segunda etapa da Volta a Portugal passou por Benavente na tarde de sábado, 5 de Agosto, e embora dezenas de pessoas tenham assistido à passagem do pelotão, podiam ter sido mais se a autarquia tivesse feito uma maior divulgação do evento, acusou o vereador do PSD, Ricardo Oliveira, na reunião do executivo camarário realizada na tarde de segunda-feira, 7 de Agosto.
Nesse dia, a pouco tempo da passagem do pelotão na Estrada Nacional 118, ainda se ouviam vários “mas é hoje? E passa por onde? Não ouvimos nada!” de munícipes que, ao perceberem o trajecto que os ciclistas fariam, afirmaram que queriam ficar para os ver. “Acho inadmissível, depois de tantos anos sem termos a Volta a passar em Benavente, que esta tenha acontecido, ainda para mais a um sábado, e a câmara não tenha tido qualquer empenho na divulgação da prova. Houve de certeza centenas de pessoas que gostariam de assistir e que não sabiam de nada”, alertou Ricardo Oliveira, acrescentando que o município tinha a obrigação de promover melhor a passagem da caravana.
O presidente Carlos Coutinho (CDU) defendeu-se dizendo que a responsabilidade da divulgação era da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo e que esta foi feita “através das redes sociais e órgãos de comunicação social, por isso os interessados sabiam que a prova ia passar por cá”.
Outra voz que defendeu que a divulgação podia ter sido maior foi José Barroca, presidente da Comissão da Picaria da Festa da Amizade e da Sardinha Assada, que esteve entre os espectadores na tarde de sábado. “O ciclismo podia ser como a passagem do toiro pelas ruas nas Festas de Benavente, em que vêm milhares de pessoas ver, se esta prova tivesse sido mais divulgada pela câmara”, defendeu.
José Barroca diz que o ciclismo podia ter um impacto maior no município: “Quando a nossa câmara voltar a subsidiar o ciclismo penso que voltaremos a tê-lo aqui como antigamente, quando tínhamos cá os atletas da terra como o César Luís, o Pedro Júnior e o Pedro Moreira”.