Agribusiness já rendeu mais de 400 mil euros em exportações
Evento organizado no final de Junho pelo Agrocluster Ribatejo já rende dividendos aos partcipantes.
O Agrocluster Ribatejo anunciou que foram já efectuadas exportações portuguesas no valor de mais de 415 mil euros, na sequência da realização do Agribusiness 2017, que decorreu em Alcanena de 26 a 28 de Junho, esperando-se que este número possa vir a aumentar significativamente, se se vierem a confirmar as perspectivas de negócios futuros.
Esse foi o resultado apurado após a realização de um inquérito às empresas estrangeiras presentes, que determinou ainda que mais de metade das empresas participantes realizaram negócios durante o evento (56%), e das que não realizaram, existe uma probabilidade muito elevada de virem a realizar no curto prazo (89%), o que significa que o evento foi eficaz e correspondeu ao seu principal objectivo – a promoção das exportações das empresas da região.
O Agribusiness 2017 contou com a participação de 12 compradores internacionais oriundos de países como Alemanha, Brasil, Colômbia, Espanha, França, Holanda, Marrocos, Panamá, Peru, Reino Unido e Sérvia. O evento realiza-se no âmbito do projecto Agriexport, cujo objectivo é reforçar a competitividade das pequenas e médias empresas no domínio da internacionalização. O Agriexport é financiado pelo COMPETE 2020 no âmbito dos fundos comunitários.
Agribusiness foi agradável surpresa para o mercado americano
A realização de um encontro de negócios direccionado para o sector agroalimentar no Ribatejo é já uma aposta ganha pelo Agrocluster Ribatejo que realizou pela terceira vez na região o Agribusiness. No âmbito do acompanhamento prestado às empresas participantes e negócios iniciados no evento, o Agrocluster ficou a saber que os produtos portugueses têm grande potencial junto do mercado americano.
Pedro Ojeda, um espanhol que representa a empresa America Gourmet, foi o empresário dos Estados Unidos da América presente no Agribusiness 2017. Em jeito de balanço e acompanhamento aos empresários presentes, o Agrocluster Ribatejo falou com este empresário, que trabalha na área do comércio de produtos gourmet, e ficou a saber que os produtos portugueses têm grande potencial no mercado americano, em especial neste nicho, com parâmetros de exigência elevados.
“Os nossos clientes são hotéis de 4 ou 5 estrelas, restaurantes de nível alto e cadeias de distribuição gourmet. Distribuímos produtos alimentares, principalmente vinhos, azeites, azeitonas, entre outros”, começou por explicar o profissional, que continuou, revelando o balanço positivo que faz da sua presença no Agribusiness 2017. “Vim com uma ordem de compra muito clara dos EUA e consegui no evento todo o produto que necessitava”, fez saber.
O profissional, pela área de negócio que representa, está habituado a trabalhar com produtos com os mais elevados padrões de qualidade, pelo que o elogio aos produtos que conheceu no evento é um sinal claro de que os produtos portugueses têm efectivamente qualidade e oportunidades num mercado tão exigente como é o americano.
“Os produtos portugueses são magníficos, de muito boa qualidade. O presunto que provei aqui não tem nada a ver com os de Espanha, que já são bons, e os vinhos são espectaculares”, transmitiu, notando ainda a clara preocupação das empresas portuguesas para com a sua imagem.
Agribusiness facilita contacto com mercados externos
Uma das vantagens do Agribusiness é colocar, no mesmo espaço, empresários portugueses e estrangeiros à mesa para realizar negócios. Em apenas dois dias, o Agrocluster concretizou uma agenda de reuniões onde fez coincidir os interesses das empresas nacionais e das empresas estrangeiras, no total de mais de 500 reuniões realizadas.
Também da parte das empresas portuguesas, o feedback tem sido positivo. Luís Fidalgo e Teresa Nicolau, sócio-gerente e responsável do Departamento de Qualidade e Comercial da Fidalgo Casa Agrícola, empresa agrícola na região do Ribatejo e Oeste produtora de hortícolas e cereais, relataram ao Agrocluster Ribatejo a sua experiência.
A empresa, contou o seu sócio-gerente, esteve no evento com o objetivo de aumentar o seu volume de exportação, que de momento é ainda residual, e definiu como mercados-alvo prioritários a Alemanha, França e Inglaterra. “O balanço é de participação no Agribusiness é positivo. Estas iniciativas são promissoras, abrem-nos mercados lá fora e facilitam-nos contactos. Obviamente que pós-evento os contactos têm de ser trabalhados, mas temos tido bons resultados com a participação neste tipo de eventos”, disse Teresa Nicolau.