Centro Náutico de Constância volta a ter utilidade
Equipamento, que tem conhecido várias peripécias ao longo da sua ainda curta vida, voltou a funcionar, após algum tempo encerrado e desaproveitado. Empresa privada com sede na vila alugou-o ao município por 15 anos.
A Câmara Municipal de Constância arrendou o Centro Náutico da vila a uma empresa de organização de eventos que se propõe dar um novo fôlego àquele equipamento, que tem estado subaproveitado. O contrato de arrendamento foi assinado no dia 14 de Setembro, após um concurso público que decorreu durante o mês de Julho, revelou o município. A empresa Aventur, com sede nesse concelho, vai pagar 800 euros mensais à autarquia.
O espaço, situado na margem direita do rio Zêzere, já esteve a funcionar no fim-de-semana de 16 e 17 de Setembro garantindo a dinamização de algumas actividades ligadas ao desporto aventura. Brevemente deve entrar em funcionamento um espaço de restauração e cafetaria, conforme também prevê o caderno de encargos.
Canoagem, surf paddle, peddy papper, manobras de cordas, team building, animações temáticas e outras de interesse turístico são actividades previstas para a dinamização do espaço. “Relativamente aos meios a instalar, com carácter permanente ou temporário, destacam-se uma torre de escalada, aparelhos de manobras de cordas e toldos para resguardo do sol”, informa ainda a Câmara de Constância em nota de imprensa.
Concessionário despejado e processo em tribunal
O Centro Náutico de Constância integrou o Plano de Ordenamento das Margens do Tejo e do Zêzere (POMTEZE), concretizado durante a gestão de António Mendes (CDU) como presidente do município. Foi inaugurado em Julho de 2005 e a sua existência tem sido algo atribulada.
Em 2013, a empresa concessionária foi afastada da exploração dos Centros Náuticos de Constância e Barquinha por alegado incumprimento no pagamento das rendas e contestou essa medida, o que deu origem a um processo judicial contra os municípios de Constância e Vila Nova da Barquinha e a Sociedade Parque Almourol. A concessionária reclamava em tribunal uma indemnização de cerca de 300 mil euros às três entidades, valor referente aos prejuízos que diz ter sofrido por ter sido afastada da exploração dos centros náuticos de Constância e Barquinha.
As partes acabaram por chegar a um acordo em Janeiro de 2016, que resultou no pagamento de 50 mil euros à empresa. Esse valor de 50 mil euros foi dividido em partes iguais pelas Câmaras de Constância e Vila Nova da Barquinha e pela Sociedade Parque Almourol, titulares dos centros náuticos em causa e que também pediam cerca de 49 mil euros de rendas em atraso e de obras que diziam ter de fazer devido ao abandono das instalações pela antiga concessionária.