Centro de saúde de Vialonga confirmado no ninho de empresas
Aprovado protocolo de cooperação entre município e Administração Regional de Saúde. Obras de adaptação vão custar 400 mil euros. Administração Regional de Saúde compromete-se a pagar renda mensal de 5 mil euros à câmara até que o custo das obras esteja reembolsado.
Já não há dúvidas: o Centro de Saúde de Vialonga, concelho de Vila Franca de Xira, vai mesmo mudar-se das actuais instalações sem condições para o antigo ninho de empresas da localidade. O protocolo a celebrar entre a Câmara de Vila Franca de Xira e a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo foi aprovado por unanimidade na última reunião pública do executivo.
O antigo ninho de empresas já foi visitado por técnicos da ARS que consideraram ter capacidade e condições para acolher o centro de saúde. Também a comunidade médica não levantou qualquer problema à ideia. A ARS já elaborou o projecto de alteração e de adaptação do espaço, já entregue. As obras vão custar 400 mil euros. Verba que a câmara municipal pagará, sendo depois ressarcida ao longo dos anos pela ARS, que pagará uma renda mensal de 5 mil euros até que o valor fique sanado.
Uma “solução criativa”, nas palavras de Alberto Mesquita (PS), presidente da câmara, que espera resolver desta forma dois problemas: o de um ninho de empresas que nunca serviu para nada e o de um centro de saúde sem condições há anos à espera de solução.
“O centro de saúde precisa de sair de onde está. Encontrámos esta solução que permite rentabilizar parcerias. Depois de adaptado teremos ali um bom centro de saúde. A obra ficará paga com o arrendamento. É uma solução criativa mas se assim não fosse as pessoas continuariam a ser prejudicadas no actual centro de saúde”, nota Alberto Mesquita.
Vialonga merece um centro de saúde de raiz
O autarca garante que, no futuro, se for preciso um centro de saúde construído de raiz ele será feito. Mas que, para já, “o importante é dar melhores condições a quem precisa”. Aquela unidade de saúde familiar serve 22 mil habitantes e tem 11 médicos, dez enfermeiros e oito administrativos.
“O centro de saúde actual nunca deveria ter sido feito naquele local. O que nasce torto tarde ou nunca se endireita. A necessidade de sair daquelas instalações é real. A mudança é boa mas continuamos a achar que a terceira maior freguesia do concelho merece um centro de saúde de raiz”, defendeu a vereadora Ana Lídia Cardoso, da CDU.
Do lado da coligação Novo Rumo, liderada pelo PSD, Helena de Jesus notou que a mudança é “um passo positivo” mas que não deve ser “um passo definitivo” já que também esta força política defende a construção de um equipamento de raiz para servir a comunidade.