Maus cheiros continuam em Alcanena mas não se sabe quem polui
Presidente da câmara municipal já solicitou uma fiscalização mais assertiva a algumas unidades industriais para tentar descobrir quem é a fonte poluidora.
Os maus cheiros que se têm sentido nos últimos dias em Alcanena levaram a presidente da câmara municipal, Fernanda Asseiceira (PS), a interromper a campanha eleitoral para participar numa reunião extraordinária do conselho de administração da Associação de Utilizadores do Sistema de Tratamento de Águas Residuais de Alcanena (AUSTRA) para debater a questão e tentar perceber o que está na origem dessa situação.
Em conferência de imprensa realizada na tarde de segunda-feira, 25 de Setembro, a autarca afirmou que os relatórios apresentados pela AUSTRA não são conclusivos. Para já foi decidido pelo conselho de administração da AUSTRA que a carga de sulfuretos provenientes das unidades fabris passa a ser derretida nas próprias fábricas, não dando entrada nas águas que são encaminhadas para a Estação de Tratamentos de Águas Residuais (ETAR). Ficou também decidido exercer uma acção fiscalizadora mais assertiva junto de algumas fábricas que impedem a AUSTRA de entrar nas instalações para fiscalizar.
A presidente da Câmara de Alcanena disse ainda estar profundamente empenhada na resolução deste problema ambiental, que é de todos e que afecta todos, por isso já pediu a presença urgente de técnicos da Inspecção Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território em Alcanena para encetar uma acção fiscalizadora, no sentido de apurar responsabilidades.
Fernanda Asseiceira acrescentou ainda que a Universidade de Aveiro já esteve em Alcanena para avaliar as condições, no sentido de iniciar o estudo encomendado pela AUSTRA, tal como O MIRANTE já noticiou, e vai iniciar os trabalhos no próximo dia 2 de Outubro.