Obras em cima das eleições dão que falar na reunião de câmara de Rio Maior
Presidente do município rejeitou insinuações de eleitoralismo e disse que as intervenções avançaram quando foi possível.
A requalificação da zona envolvente ao Centro de Saúde de Rio Maior está quase concluída, informou a presidente do município, Isaura Morais (PSD), na última reunião do executivo camarário, onde se falou também da lentidão com que têm decorrido as obras de requalificação urbana no centro da cidade.
A autarca reiterou que não se trata de obras eleitoralistas mas sim de aproveitar as oportunidades quando elas se colocaram. No caso da intervenção na zona envolvente ao Centro de Saúde, que se encontra bastante degradada, resultou de um protocolo estabelecido entre o município e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo assinado este Verão. Essas obras não competiam à autarquia, mas esta decidiu executá-las dada a necessidade das mesmas e ao facto de a ARS se ter comprometido, no âmbito desse acordo, a melhorar as instalações do Centro de Saúde.
“Ao longo dos anos tínhamos vindo a transmitir à tutela a necessidade dessas obras e só agora foi possível concretizá-las”, declarou Isaura Morais, acrescentando que só tinha uma alternativa, que era não as fazer. “Entendemos que devíamos avançar mesmo correndo o risco de sermos acusados de fazer obras no final do mandato”, reforçou a autarca, sublinhando ainda que é presidente até ao último dia do mandato e que é para agir como tal que lhe pagam.
Empreiteiros com dificuldade em dar resposta
Quanto às obras em algumas artérias da zona mais antiga da cidade, o vice-presidente da câmara, Carlos Frazão, admitiu, na resposta à questão levantada pelo vereador da CDU, Augusto Figueiredo, que não tenham vindo a decorrer ao ritmo desejável, embora ainda estejam dentro do prazo de execução estipulado no contrato.
“Todas as obras têm as suas vicissitudes”, disse Carlos Frazão, afirmando que os empreiteiros têm os equipamentos mas defrontam-se com a dificuldade em encontrar mão-de-obra especializada, pois muitos profissionais do sector emigraram nos últimos anos.
Carlos Frazão disse que os empreiteiros “andam a apagar muitos fogos ao mesmo tempo” mas garantiu que actualmente todos as empresas estão no terreno. “São obras para benefício das populações, que têm de ser feitas, seja antes ou depois das eleições”, reforçou.