Vereadores da oposição abandonam reunião da Câmara de Azambuja
Eleitos da coligação liderada pelo PSD agiram em protesto por não ter sido incluída uma proposta sua na ordem de trabalhos e também por não concordarem com o horário da sessão.
Os vereadores da Câmara de Azambuja Maria João Canilho e Rui Corça, eleitos pela coligação PSD/MPT/PPM, abandonaram a reunião do executivo de terça-feira, 7 de Novembro, por não ter sido incluída na ordem do dia uma proposta sua e por a reunião se realizar fora do horário estabelecido no regimento das reuniões aprovado na reunião anterior.
A proposta da oposição foi, segundo o presidente do município, Luís de Sousa (PS), apresentada após o prazo limite estipulado para a entrega das mesmas e, por isso, não foi incluída na ordem do dia. “Ainda disse aos senhores vereadores que podia entrar na próxima sessão mas eles não concordaram”, justifica o presidente. A proposta defendia uma alteração no funcionamento das sessões em que deveria passar a ser dada palavra aos munícipes que chegassem a qualquer altura e ainda tempo adicional aos vereadores para lhes responderem.
Maria João Canilho e Rui Corça também não concordaram com o horário em que se realizou a reunião de terça-feira, às 15h00, que consideram não ter sido “regularmente convocada”, e por isso opuseram-se à realização da mesma, o que não foi tido em conta. Na primeira reunião deste mandato, no dia 24 de Outubro, os dois vereadores tinham proposto que as reuniões passassem a realizar-se às 17h00. Não havendo consenso entre o executivo, foi aprovado o horário das 10h00, que desta vez também não foi cumprido, o que levou os vereadores a recusarem permanecer na sala.
No final da sessão de terça-feira o horário anteriormente aprovado foi alterado e as reuniões voltam a realizar-se no horário do mandato anterior, quinzenalmente às terças-feiras, pelas 15h00, nos Paços do Concelho ou no Auditório do Município e às 17h00 quando forem deslocadas para as restantes freguesias.
Quem toma conta do quê na Câmara de Azambuja
Com o PS a governar com maioria absoluta a Câmara Municipal de Azambuja, o presidente Luís de Sousa não precisou de negociar pelouros com os vereadores da oposição PSD e CDU. Na hora de distribuir as áreas de intervenção, que foram anunciadas na sexta-feira, 27 de Outubro, o presidente ficou com o Urbanismo e Ordenamento do Território, Fiscalização e Contraordenações, Finanças, Organização e Modernização Administrativa, Relações Externas, Protecção Civil Municipal, Projectos e Empreitadas e Juntas de Freguesia.
Quanto aos vereadores do PS, Sílvia Vítor ficou com os pelouros da Educação, Intervenção Social (incluindo Habitação Social), Saúde, Emprego, Juventude e Ocupação dos Tempos Livres, Desporto e Recursos Humanos. Silvino Lúcio tutela a Água e Saneamento, Resíduos Sólidos e Reciclagem, Ambiente, Parques e Jardins, Iluminação Pública, Mercados e Feiras, Cemitérios, Controlo da População Animal e Profilaxia, Obras por Administração Directa, Transportes e Oficinas; Sinalização e Trânsito e Segurança.
O terceiro vereador socialista a tempo inteiro, António José de Matos, fica responsável pela Cultura, Património Cultural, Turismo, Colectividades, Fundos Comunitários e Desenvolvimento Económico, Património, Poluição Sonora e Atmosférica, Reabilitação Urbana, Promoção e Desenvolvimento.