Francisco Henriques recordado na cidade que tanto amava
Centenário do nascimento do poeta, falecido em 2002, foi assinalado com uma conversa descontraída na biblioteca de Almeirim.
Almeirim assinalou o centenário do nascimento do poeta da terra, Francisco Henriques, com uma conversa informal na Biblioteca Municipal Marquesa do Cadaval na noite de 26 de Outubro, onde estiveram presentes o seu filho, José Manuel Henriques, e o professor Eurico Henriques, que recordaram o poeta, os seus poemas e a sua forma de estar na vida.
O professor e historiador local Eurico Henriques explica a O MIRANTE que Francisco Henriques só fez a escola primária mas era um indivíduo que tinha uma qualidade extraordinária para a poesia, arte e pintura. “Como a família tinha poucos recursos ele começou a trabalhar desde cedo e cultivou aquilo que gostava de fazer: o desenho e, depois, a poesia. Acabou por fazer fora da universidade aquilo que outros fizeram na universidade, estudou por si próprio, conversando, lendo, adquirindo conhecimento e tornou-se num grande poeta”, conta.
O filho do poeta, José Manuel Henriques, contou que as grandes paixões do seu pai “foram a família, os livros, as artes, a poesia, a pintura, a música, Almeirim e os almeirinenses”.
Francisco Henriques nasceu em Almeirim a 25 de Junho de 1917. Foi funcionário do cartório notarial de Almeirim durante 18 anos, mudando depois para o comércio, num estabelecimento do seu sogro, onde esteve 28 anos. Aos 55 anos iniciou o seu trabalho como contabilista da Quinta da Alorna. Era reconhecido pela sua modéstia e pela beleza dos seus poemas. Era igualmente um conselheiro que a todos respondia, quando abordado.