Obras na EN 114 em Rio Maior vão andar ao ritmo do Governo
Presidente da câmara queria que fosse a autarquia a conduzir os trabalhos, para lhe imprimir mais celeridade, mas não conseguiu. Nove meses depois do anúncio da empreitada ainda não há previsões para o início dos trabalhos.
A presidente da Câmara de Rio Maior, Isaura Morais (PSD/CDS), lamenta que não seja a autarquia a conduzir o processo com vista à requalificação do troço da Estrada Nacional (EN) 114 entre o nó da auto-estrada A15 e a cidade, que vai ser tutelado pela empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP).
“Aquela obra não vai andar ao nosso ritmo, vai andar ao ritmo da IP”, alertou a edil na primeira reunião de câmara do mandato, onde disse ter feito pressão para que fosse o município a ser o dono da obra mas tal não foi possível. Isaura Morais esteve em meados de Outubro reunida com a IP e ficou a saber que só em Janeiro de 2018 vai ser lançado o concurso para o projecto e que só nessa altura será entregue o plano de expropriações à autarquia para que esta possa começar a trabalhar por forma a garantir os terrenos necessários para a ampliação da via. “As expropriações são da nossa responsabilidade e também as indemnizações aos proprietários mas serão feitas mediante o projecto a entregar pela IP”, explicou a autarca à vereação.
Investimento supera os três milhões de euros
Recorde-se que, em Fevereiro deste ano, o Governo apresentou no Entroncamento o Programa de Valorização das Áreas Empresariais que prevê, entre os 11 investimentos contemplados um pouco por todo o país, a requalificação do troço da EN 114 que serve a Zona Industrial e Parque de Negócios de Rio Maior, para concretizar até 2019. Na região, estão ainda projectadas novas acessibilidades à Zona Industrial de Riachos, entre os concelhos de Torres Novas, Golegã e Entroncamento, a concretizar até 2020.
No caso de Rio Maior, a intervenção de fundo no troço da EN 114 que serve a Zona Industrial de Rio Maior e liga a cidade ao nó da A15 vai custar mais de 3 milhões de euros, tendo em conta a estimativa prevista. As obras têm um custo previsto de 2,920 milhões de euros mas há ainda a acrescentar os valores a despender para a aquisição de terrenos.
A empresa pública Infraestruturas de Portugal financia a maior parte do custo das obras, prevendo-se que caiba ao município um montante de 1.055.000 euros, a que se somarão também as verbas para aquisições dos terrenos necessários à implementação da obra. No entanto, é de referir que o projecto conta com comparticipação da União Europeia e que uma das rotundas, no valor de cerca de 300 mil euros, vai ser suportada pela empresa Sibelco, pelo que esse valor não entrará nas contas da Câmara de Rio Maior.